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Scot Consultoria

Preços do arroz atingem patamares recordes e causam tumultos na Ásia


Terça-feira, 8 de abril de 2008 - 09h32

Oferta escassa e demanda crescente. Além da soja, milho e trigo, dessa vez são os estoques de arroz que podem não conseguir atender à demanda mundial. Visando o abastecimento interno e tentando conter a inflação, a China, o Egito, o Vietnã e a Índia, que representam mais de um terço das exportações mundiais do cereal, diminuíram suas vendas este ano. E a Indonésia poderá fazer o mesmo. Além da redução das exportações por parte dos países produtores, a diminuição da área plantada na China e na Índia também contribui para menor oferta do produto. As áreas de arroz desses países estão dando lugar a terrenos para construção de apartamentos, fábricas e estradas. E isso está causando aumentos de preço no mercado internacional. No dia 5 o arroz subiu 2,4%, chegando a US$27,78/ saca de 60 kg na CBOT (Bolsa de Chicago), o dobro do preço cotado no mesmo período de 2007. Desde 2001, o preço do arroz já quintuplicou. Além dos altos preços, a possibilidade da falta de arroz e outros grãos tem causado tumultos sociais nos últimos meses na Guiné, Mauritânia, México, Marrocos, Senegal, Uzbequistão e Iêmen. Até poucos anos atrás, o potencial de oscilações do preço do arroz era reduzido já que a maioria dos governos era auto-suficiente e mantinha grandes estoques do produto. Contudo, a manutenção desses estoques era cara, então as nações começaram a fazer uso deles ao mesmo tempo em que o consumo começou a crescer mais do que a oferta, devido, principalmente, ao maior poder aquisitivo da população dos países emergentes. No Brasil, segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Cepea/Esalq), a saca de arroz fechou ontem valendo R$25,05 em plena safra (preço equiparado aos patamares de entressafra). De 2006 para cá a valorização foi de 45,7%. (CMR)
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