Grãos em recuperação

Foi alta a volatilidade do milho e da soja no último mês, mas os preços estão firmes no mercado internacional. Apesar da queda de quase 20% verificada em março na Bolsa de Chicago (CBOT), o início de abril mostra um cenário positivo. Algumas notícias dão sustentação aos aumentos percebidos nos últimos dias. Uma grande compra de soja realizada pela China e a autorização do aumento de preços de leite e óleos vegetais deu ânimo ao mercado, pois mostra que os chineses já não se preocupam tanto com a inflação, e estão compradores. A greve dos produtores na Argentina já mostra sinais de fraqueza e existem sinais de regresso às atividades. Apesar disso, regressar ao fluxo de fornecimento de grãos, embarques, retomada dos contratos e exportação pode demorar mais que o previsto. E o milho com recorde de preços. Com uma volatilidade bem menor que a soja, pequenos e constantes aumentos, área plantada menor e demanda aquecida, o milho mostra sólidos e preocupantes fundamentos: o estoque nunca esteve tão curto, pode faltar produto. Seus preços ultrapassaram o patamar de US$6,00/bushel. Todas são boas notícias aos produtores, que agora só esperam por outro acontecimento no mercado: a desvalorização do real frente ao dólar. Caso essa desvalorização ocorra no curto prazo será um cenário perfeito para que os produtores realizem bons negócios. Além de torcer por sol na colheita, chuva no plantio, seca nos outros países... (JA)
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