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Scot Consultoria

Relatório do USDA e novos limites para soja


Terça-feira, 1 de abril de 2008 - 09h36

O relatório divulgado ontem pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) trouxe pressão de baixa para os preços da soja. O USDA 2008 Prospective Plantings and March 1 Grain Stocks, como é chamado o relatório, mostrou variações em alguns fundamentos que estavam servindo de base para análises e expectativas de mercado. Para a soja, por exemplo, intenção de área plantada 17,5% maior que a do ano passado. Isso foi motivo suficiente para que suas cotações atingissem limite de baixa em todos os vencimentos dos contratos futuros da Bolsa de Chicago (CBOT). De acordo com as novas regras que passaram a valer a partir da última sexta-feira, com todos os contratos da soja atingindo o limite de negociação para baixo, o próprio limite é reajustado em 50%. Em outras palavras, se no dia 28/03 ele havia sido revisto de US$50,00 centavos/bushel para US$70,00 centavos/bushel, agora ele pode chegar a US$105,00 centavos/bushel. O novo limite vale tanto para baixo como para cima. Este foi o relatório mais esperado dos últimos 20 anos. A velocidade com que os recursos entravam e saíam dos mercados de commodities, devido a crises em outros mercados (notadamente imobiliário nos EUA), “distorceram” os fundamentos, elevando os preços a patamares nunca antes imaginados. Além disso, sendo este período final da colheita da safra sul-americana e início do plantio nos EUA, pode-se ter uma excelente noção da produtividade local e perspectivas para os vizinhos norte-americanos – agora sim fundamentos “puros” de mercado. A velocidade das oscilações de preço foi tanto para cima como para baixo: se houve valorização de 64% no ano de 2007, em um mês a soja caiu 23,5% na CBOT. O trigo e a soja “invadiram” áreas de milho. A expansão das duas lavouras somadas resulta em um aumento de 11% de área. Já o milho diminuiu sua área plantada em 8%, apesar da crescente demanda em forma de combustível. Excelente notícia para a safrinha brasileira. Os produtores podem esperar preços firmes para o médio prazo. (JA)
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