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Rio Grande do Sul terá novo investimento no setor lácteo


Sexta-feira, 2 de setembro de 2005 - 13h29

Depois de quase 10 anos sem industrializar a própria matéria-prima, a CCGL (Cooperativa Central Gaúcha de Leite) investirá na produção de leite em pó, no município de Cruz Alta (RS). O investimento no projeto, que deve começar a operar em meados de 2007, será de R$90 milhões. A CCGL conta atualmente com 19 afiliadas e 32 mil produtores de leite. No entanto, além das já filiadas à Central, outras cooperativas regionais demonstraram interesse em participar do projeto. Inicialmente, a intenção da Central é estruturar-se para processar 1 milhão de litros de leite por dia. Assim, segundo avaliação da diretoria, a cooperativa será capaz de regular estoques e exportar excedentes. A diretoria, por várias razões, concluiu que o apoio aos produtores de leite não era eficaz e, hoje, é praticamente uma realidade que se estende a todo o cooperativismo do setor leiteiro. Melhor estruturada, a Central poderá investir em pesquisas e extensão, visando assim melhorar a produtividade e as condições de seus produtores associados. É a busca por competitividade. Atualmente, os associados produzem 1,6 milhão de litros de leite por dia. Trata-se de uma boa decisão; um investimento que realmente trará retorno aos seus cooperados e aos produtores gaúchos como um todo, mesmo os que não estão associados à Central. Atualmente, as cooperativas sem plantas industriais ou com as mesmas já obsoletas, ficam dependentes do mercado “spot”. Esse mercado corresponde ao leite comercializado entre as indústrias. Geralmente, são as cooperativas ou pequenas firmas que captam leite e negociam com empresas maiores, que possuem capacidade de chegar ao consumidor com suas marcas e com estrutura industrial e logística. Porém, o mercado “spot” recuou 10,6% em agosto, chegando aos patamares médios de R$0,46/litro, um valor extremamente baixo para a realidade atual. Desde abril, os preços recuaram cerca de 30% neste mercado. No mesmo período, o preço médio nacional ao produtor de leite caiu 11%, enquanto no Rio Grande do Sul recuou 16%. Por isso que se diz que, atualmente, a possibilidade de se investir em plantas industriais é uma boa saída para as cooperativas que têm vivido uma morte lenta e gradual ao longo dos últimos anos. Para investir precisa dinheiro; ou pelo menos, crédito. (MPN)
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