• Sábado, 27 de abril de 2024
  • Receba nossos relatórios diários e gratuitos
Scot Consultoria

Diesel, o vilão dos combustíveis


Terça-feira, 11 de março de 2008 - 09h21

Desde julho de 2001 a fevereiro de 2008, o diesel foi único combustível que reagiu em R$ deflacionados, ou seja, subiu acima da inflação (aumento real de 28%). Os preços do restante dos combustíveis (Gasolina -20% e Álcool -21%) variaram abaixo da inflação. Veja na figura 1.



A gasolina é o combustível mais “sensível” em termos políticos. Em outras palavras, alguns índices que medem a inflação dão um peso maior à sua cotação que os demais combustíveis.


No caso do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), o item combustíveis veiculares representa cerca de 5,5% do total, onde 4,8% é o peso relativo dado somente à gasolina, 0,51% ao álcool, 0,11% ao gás natural veicular e apenas 0,09% ao diesel. É claro que uma variação no preço da Gasolina terá reflexos muito maiores no índice do que um reajuste do Diesel.


Ao contrário do IPCA, o produtor rural dá maior importância às variações nos preços do óleo diesel. O gasto com esse combustível, para um produtor de grãos de alta tecnologia, representa em média 5% a 7% do custo total – muito mais do que os 0,09% considerados pelo índice.


Isso significa que a inflação do campo é mais alta do que a medida por índices oficiais. E se esses índices dão pouco valor ao aumento dos preços do diesel na “variação geral” dos preços da economia, eles podem acusar os reflexos do reajuste das cotações desse combustível. Afinal, os aumentos de custo de produção tendem a ser repassados para os preços dos alimentos (JA).



<< Notícia Anterior Próxima Notícia >>
Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos


Loja