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Scot Consultoria

Agropecuária ancorando o crescimento do PIB


Quinta-feira, 1 de setembro de 2005 - 12h50

A quebra da safra agrícola, por conta da seca, e a redução dos preços limitaram os resultados do PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro semestre de 2005. Os dados mais recentes da safra de grãos são cerca de 15% inferiores à primeira estimativa da safra 2004/2005. Esperava-se 132 milhões de toneladas e deverão ser colhidos próximos de 112 milhões. Com isso, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) calculou o crescimento do PIB agropecuário no primeiro semestre de 2005 em 2,9%, abaixo da média nacional. Em 2004, o crescimento do primeiro semestre foi de 5,9%. Os resultados da agropecuária só não são piores justamente pelo fato de que a pecuária, especialmente a avicultura, passa por um bom momento. Mesmo com os resultados inferiores aos demais setores da economia, há de se ressaltar que o agronegócio brasileiro ainda continua sendo o maior e mais forte negócio do Brasil. Recentemente, com as notícias de crise do setor agrícola, diversos representantes e “lideranças” ideológicas do país comemoraram o fracasso do agronegócio. Basearam-se na tese de que os grandes resultados dos últimos anos eram uma enganação, que não havia sustentabilidade no crescimento da agropecuária empresarial. A agropecuária representa o elo de produção vegetal e animal, dentro das fazendas, do agronegócio. Uma pena que pessoas com tal nível de compreensão tenham tanto espaço na mídia e, com isso, tenham tanto potencial de penetração na opinião de uma sociedade que é leiga no assunto. A crise agrícola só foi severa pelos efeitos climáticos desta última safra. O produtor rural sempre viveu, e conviveu, com oscilações nos preços. Essa é a regra no mercado de commodities. Recentemente, em um debate, um importante líder rural classificou estes ideólogos de “turminha do mal”, o que parece cair como uma luva para estes senhores. Enfim, enquanto a turminha do mal vomita delírios por aí, o agronegócio, com crise ou sem crise, continua sendo o carro chefe da economia nacional, com 30% de participação no PIB total e mais de 40% dos empregos gerados no país. Eta coisinha ruim. (MPN)
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