Excesso de chuvas preocupam agricultores e pecuaristas nos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Os produtores da região conhecida como "Nortão" em Mato Grosso estão preocupados com a freqüência em que a chuva está caindo, pois com isso existe a possibilidade de perdas com a soja já dessecada, como exemplo, excesso de grão ardido.
A alta ocorrência de chuvas poderá promover o atraso no plantio do milho safrinha naquela região, pois lá a janela de plantio é muito estreita, sendo necessária a semeadura do milho até 25 de fevereiro. Após essa data há consenso que o risco de perdas praticamente dobram.
Apesar disso, a expectativa dos produtores é de boa produtividade. Segundo Ângelo Nakagawa, consultor da Boviplan e responsável pelo escritório de Sorriso/MT "as lavouras tiveram desenvolvimento excepcional, pois não houve períodos prolongados de chuvas gerando plantas com alta sanidade".
No Mato Grosso do Sul a concentração de chuvas começa a atrapalhar o acesso dos produtores às suas propriedades, especialmente nas regiões onde as estradas não sofrem manutenção rotineira. "Na semana passada tivemos que esperar o rio baixar para sairmos da fazenda e para esta semana esperamos mais atrasos na viagem por conta da chuva", afirma Rodrigo Paniago, consultor da Boviplan que assessora propriedades no Mato Grosso do Sul.
No entanto, são os embarques que estão dando maio dor de cabeça aos produtores daquele Estado, especialmente na região pantaneira. "Os caminhões não conseguirão chegar até a fazenda, teremos que enviar o gado a pé até uma propriedade mais à frente, onde encontraremos um embarcadouro com acesso livre de atoleiros. Com isso o gado perderá peso, pois até lá os vaqueiros desenvolverão pelo menos duas marchas", conclui Sérgio Burle, gerente do Grupo Duboi que desenvolve a bovinocultura de corte no Mato Grosso do Sul.
Fonte:
Boviplan. 29 de janeiro de 2008.
<< Notícia Anterior
Próxima Notícia >>