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Scot Consultoria

Forte alta de preços para o filé mignon brasileiro na UE


Segunda-feira, 21 de janeiro de 2008 - 10h58

As restrições impostas pela União Européia à carne bovina brasileira fizeram os preços de cortes nobres, produzidos no Brasil, disparar e alcançar recordes históricos naquele mercado. Traders e frigoríficos afirmam que a perspectiva já era de preços mais elevados por causa da menor oferta na própria Europa e também por parte do Brasil, mas as novas exigências da Comissão Européia, que entram em vigor em 31 de janeiro e devem restringir as vendas brasileiras ao bloco, acentuaram essa tendência. O resultado é que o preço do filé mignon, o corte mais nobre do boi, está sendo negociado por US$25 mil por tonelada, em média, na venda para a Europa, de acordo com a trading Globalbeef. E já há transações pontuais entre US$28 mil e US$29 mil por tonelada, segundo o executivo de um frigorífico exportador. De qualquer forma, nos dois casos, os preços são os mais altos já registrados. Os valores não incluem os altos impostos que os importadores pagam pela carne brasileira vendida fora da vantajosa cota Hilton. Além de imposto de importação de 12,8% sobre o valor da tonelada, há uma tarifa fixa de 3.041 mil euros por tonelada. Antes do anúncio das restrições pela União Européia, em meados de dezembro passado, o preço do filé estava na casa dos US$20 mil por tonelada, sem impostos. Depois de ter enviado uma missão técnica ao Brasil em novembro passado, a UE alegou falhas no sistema de rastreabilidade do gado bovino. Então, exigiu que o governo brasileiro faça auditorias nos ERAs (estabelecimentos rurais aprovados pelo Sisbov) localizados dentro das regiões do país habilitadas para exportar carne bovina à UE e, partir daí, forneça uma lista com aquelas aptas a fornecer animais para abate e exportação ao bloco. A medida deve reduzir a oferta de bois para os frigoríficos, e conseqüentemente, o volume de carne para exportação. Outro corte que registra alta expressiva desde o anúncio da decisão européia é o contrafilé, que atingiu US$7,5 mil por tonelada. No segundo semestre do ano passado, estava em US$5,5 mil, conforme a Globalbeef. A redução das ofertas do Brasil também provoca valorização de carnes de outras origens, como Uruguai e Argentina. Normalmente, os preços argentinos superam os da carne do Uruguai, mas atualmente estão nos mesmos patamares. Por exemplo, o "rump loin" (alcatra, contrafilé e filé) dos dois países sul-americanos está sendo negociado a US$15,5 mil por tonelada, segundo fonte de frigorífico. Fonte: Valor Econômico. Adaptado por Scot Consultoria. 21 de janeiro de 2008.
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