Empresas de alta tecnologia operam com mais fôlego

A Scot Consultoria divulgou ontem (17/01) estudo comparando os resultados da pecuária de leite com tecnologia e sem tecnologia com outras atividades agropecuárias e opções de investimentos. Uma empresa de baixa tecnologia operou em prejuízo ao longo de 2007, enquanto a de alta tecnologia foi a atividade agropecuária de melhores resultados no ano. Por que tanta diferença? A pecuária leiteira é uma atividade de margens baixas. Cada detalhe pode fazer grande diferença no resultado final. Por isso a eficiência tecnológica melhora significativamente os resultados. Há mais leite para diluir qualquer efeito negativo. Se os resultados são tão evidentes, por que motivos nem todos os produtores adotam tecnologia? A resposta a essa questão é financeira. Para adotar tecnologia, ampliar a produção, é preciso investir, de uma maneira ou de outra. A figura 1 ilustra o investimento que deve ser feito numa fazenda de leite, já em produção, para que ela aumente um litro na sua produção diária. Um produtor, com baixa tecnologia, terá que investir cerca de R$490,00 para cada litro que quiser aumentar em sua produção. Tais investimentos estarão relacionados a bens de produção, como vacas, máquinas, equipamentos, formação de forrageiras, infra-estrutura, etc. O produtor já tecnificado, além de trabalhar com resultados melhores, precisa investir bem menos para ampliar ainda mais a sua produção e, conseqüentemente, a sua produtividade. Para cada litro que deseja aumentar, precisa investir cerca de R$186,30. Por isso, quando maior o nível de tecnologia, maior a competitividade e o fôlego do produtor para investir ou suportar períodos de crise. Como a demanda de recursos é elevada, o produtor precisa planejar seus objetivos e seus processos de modo que atinja gradualmente níveis de produtividade mais elevados. É preciso ir devagar. O assunto será explorado mais detalhadamente na próxima edição do informativo A Nata do Leite, que circula na próxima semana. (MPN)
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