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Scot Consultoria

Taxa chinesa faz setor de couro partir para o valor agregado


Sexta-feira, 11 de janeiro de 2008 - 10h04

A decisão tomada pelo governo chinês de taxar o couro wet blue, medida que gerou reclamação entre os produtores brasileiros, está se revertendo em um bom negócio para o setor no Brasil, elevando a rentabilidade de algumas empresas, que passaram a investir no produto semi-acabado e acabado, de maior valor agregado. Uma empresa especializada em processamento de couro, mantendo a mesma produção, teve um incremento de 40% na receita investindo em produtos de maior valor agregado. Segundo o dirigente desta empresa, é uma tendência do setor a venda de couro acabado devido à dificuldade que a China tem de produzir, por razões ambientais e disponibilidade de mão-de-obra. Como eles têm a demanda, vão acabar importando mais semi-acabado e acabado, o que é vantagem para o Brasil, que irá aumentar sua fatia nesse nicho. A cadeia de couro do Brasil quer intensificar as exportações de produtos acabados e alcançar um faturamento de US$2,8 bilhões em 2008. Para isso, já investiu mais de US$200 milhões no seu parque industrial nos três últimos anos e na promoção da marca Brazilian Leather (couro brasileiro), fruto de uma parceria do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil e da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos - Apex que destinou mais de R$2 bilhões ao projeto. Com esse programa, o País deve se consolidar como o maior exportador para o mercado asiático, para onde já destina mais de 50% da sua produção. Entre as metas da parceria com a Apex, estão a ampliação da base de países importadores de 35 para 40 e o aumento da base de empresas exportadoras de 60 para 70. Para o primeiro semestre deste ano o programa já tem confirmada participação em cinco feiras internacionais, das quais quatro irão ocorrer em países asiáticos. O investimento no setor já vem apresentando resultados. Em 2007, 52% do couro produzido teve valor agregado e, entre as exportações, esse número chegou a 67%. Isso contribuiu para o aumento da receita com as vendas externas que subiu de US$1,87 bilhões em 2006 para US$2,18 no ano passado - expansão de 16,7%, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Além do mercado asiático, em que a China lidera com 35% das importações, Itália e EUA também têm importante participação, com 28% e 11% das importações, respectivamente. Também são apontados como mercados-alvo do Programa CICB –Apex: Japão, Egito, Índia, Paquistão, Tunísia, Coréia do Sul e Vietnã. Os setores automotivo e de móveis são os que apresentam maior demanda e hoje representam mais de 60% da produção nacional. Fonte: Jornal DCI. Adaptado por Scot Consultoria. 11 de janeiro de 2008.
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