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Scot Consultoria

Consumo enfraquecido de carne bovina


Sexta-feira, 4 de janeiro de 2008 - 10h06

Após o período de festas de final de ano, a população se encontra descapitalizada e isso reflete no consumo de carnes. O período de férias escolares tem o mesmo efeito, uma vez que os estudantes saem da rotina e mudam os hábitos de consumo. Outro fator que costuma atrapalhar as vendas é a enorme quantidade de impostos e contas a pagar no início do ano, como IPTU, IPVA, matrícula escolar, etc. Mas do lado da produção há reduzida disponibilidade de animais para abate. Portanto, o atacado encontra-se relativamente enxuto, o que levou a correções positivas para os preços da carne bovina. No começo de 2008, com apenas 2 dias úteis, o traseiro bovino reagiu 1,75%. Ontem (3/01) estava cotado em R$5,80/kg, de acordo com levantamento realizado pela Scot Consultoria. Desde o Natal, o traseiro acumula alta de R$0,60/kg. Em situações de preço aquecido para a carne bovina, estima-se que ocorra um deslocamento do consumo para outras proteínas de origem animal, em especial a carne de frango, mais atrativa do ponto de vista de preço. Existe ainda o apelo quanto ao benefício à saúde proporcionado pelas carnes brancas, o que atrai cada vez mais consumidores. A carne de frango no atacado, ao longo de dezembro de 2007 e início de 2008, não apresentou variação significativa. Desde o Natal acumula alta de “apenas” R$0,10/kg. Como forma de identificar possíveis momentos em que ocorre deslocamento no consumo de carne bovina para a carne de frango, veja a figura abaixo. Pela figura é possível verificar que o patamar atual (diferença de R$3,10/kg entre o traseiro bovino e o frango) está elevado, muito acima da média de 2006 e 2007. Isso sinaliza que o consumo de carne de frango pode aumentar, em detrimento do consumo da carne bovina. A expectativa é de que essa situação perdure no curtíssimo prazo, uma vez que o gado de pasto deve chegar apenas na segunda quinzena do mês, ainda de maneira comedida. O aumento na produção, portanto, deve ocorrer de maneira lenta. O recuo nas vendas pode limitar novos aumentos de preço da carne bovina. As indústrias relatam dificuldade em escoar produto para o varejo. (LMA)
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