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Confira o que de melhor aconteceu no II Fórum Zebu de Ponta a Ponta


Quarta-feira, 22 de maio de 2013 - 10h02

Disponibilizaremos toda semana um resumo das palestras ministradas durante o II Fórum Zebu de Ponta a Ponta, realizado no dia 8 de maio em Uberaba - MG durante a Expozebu.

Será uma excelente oportunidade para aprendermos um pouco mais sobre a cadeia da carne bovina, em especial, da raça zebuína.

Primeira palestra:

A Carne e leite de Zebu na saúde humana - Dr Wilson Rondó

A carne e leite de zebu na saúde humana foi tema da palestra do Doutor Wilson Rondó. Foi levantado o questionamento se o colesterol, afinal, é maléfico à saúde humana ou não?

Foi demonstrado que a carne de zebu não tem culpa nenhuma.

O Dr. Rondó usou a segunda guerra mundial como exemplo. Nesta época, os EUA usavam óleo de gordura saturada nos alimentos. Os japoneses bloquearam o acesso das rotas de importações americanas destes óleos. Foi ai que nasceu os óleos vegetais insaturados. Foi uma alternativa.

Nesse processo todo, a indústria divulgou isso como se os óleos saturados fossem maléficos e os novos óleos vegetais não. Assim, tivemos uma migração no consumo. Para piorar, um pesquisador publicou um estudo correlacionando a gordura com doenças cardiovasculares.

Nos novos estudos, o Dr. Rondó disse que existem dois tipos de gorduras, as boas e as ruins. A boa é a gordura da carne bovina, do óleo de porco, da manteiga e do leite. A gordura ruim é a produzida pelos homens, sendo a margarina um exemplo.

O Doutor enfatizou que o ser humano não vive sem gordura. Exemplificou dizendo que o pulmão tem uma superfície basicamente constituída de gordura saturada e que o nosso cérebro também é praticamente constituído de gordura.

Dr. Rondó abordou os mitos e realidades dos teores de gorduras e colesterol nas carnes:

- A raça Nelore tem menor teor de gordura que as raças europeias;

- O nível de gordura do contra filé do Nelore é muito semelhante ao nível encontrado no salmão e na truta;

Dr. Rondó também falou um pouco sobre o leite. Estudos mostram que a lactose não é a única alergia ligada aos produtos lácteos. Foram descobertas outras alergias a determinadas proteínas presentes no leite.

A palestra do Dr. Wilson Rondó foi uma ótima oportunidade para aprendermos que a carne bovina faz sim muito bem.

Segunda palestra:

O Zebu aos olhos da indústria - Leonel Almeida

Leonel Almeida, da Marfrig, abordou os temas ligados no que a indústria espera que o produtor produza.

Segundo ele, falar em rendimento é delicado. As divergências de informações são muitas.

Ele mostrou as características do boi zebuíno que o frigorífico acha interessante.

Leonel apresentou três tendências mundiais com relação à demanda:

1 - O número de consumidores está aumentando;

2 - O poder aquisitivo das pessoas está aumentando;

3 - A qualidade de alimentação continuará aumentando.

Segundo ele, em 2050 teremos 9,0 bilhões de pessoas habitando nosso planeta, sendo que 70% da população viverá na cidade. Situação preocupante, que exigirá um aumento na produção de alimentos.

Leonel mostrou a correlação positiva existente entre o aumento da renda per capita do mundo e do consumo de carne. Ou seja, quanto mais gente e mais dinheiro no mundo, mais carne necessária.

Foram apresentados dados da China. A população rural deste país é de 600,0 milhões de pessoas, 3 vezes a população do Brasil. O seu consumo de carne é de 26,0 quilos por ano, em média. Na cidade, o poder de compra é seis vezes maior que no campo, ou seja, o consumo é de 40,0 quilos de carne por ano. Isso prova a necessidade do aumento da oferta.

Outro dado interessante mostrado por ele, é que a China e a Índia tem população de 40,0% do planeta, mas apenas 15,0% da área disponível.

Leonel afirma que a procura por qualidade tem aumentado. Em um estudo, de 1980 até 2030, o consumo de raízes e tubérculos não mudou e nem mudará. Porém, o consumo de leite e carne irá aumentar.

Outro ponto chave da produção é a água. Se não há água, não há produção de boi, não há produção de carne e alguém vai ficar com fome.

Leonel mostrou alguns padrões de consumo:

- O europeu consome mais filé e contra-filé;

- O russo consome mais recortes de dianteiro;

- O norte-americano consome mais carne enlatada;

- O brasileiro come mais picanha, alcatra e fraldinha;

Leonel chama a atenção para números do IBGE sobre o nosso rebanho bovino. Segundo esses números, 80% do rebanho brasileiro de bovinos é Nelore. Ele questiona se alguma outra raça conseguirá nos dar o suporte e a regularidade necessária?

Leonel finalizou sua palestra dizendo que produzir commodity não paga a conta. É necessário um produto diferenciado.

Abaixo estão as apresentações das palestras, confira:

http://www.slideshare.net/slideshow/embed_code/21624746

http://www.slideshare.net/slideshow/embed_code/21625096


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