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Carne bovina: qual é a importância da União Européia como cliente?


Quarta-feira, 12 de dezembro de 2007 - 09h59

“Quanto representam as exportações (tonelada equivalente carcaça) para a UE e países que adotam as mesmas exigências para a compra de carne bovina? Elas justificam o sacrifício e as imposições do NOVO e do VELHO SISBOV?” – Márcio Sena Prezado Márcio, A União Européia responde por cerca de 24% das exportações brasileiras de carne bovina em volume e 35% em faturamento. Considerando que a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) espera que as exportações de 2007 fechem em 2,50 milhões de toneladas equivalente carcaça, com faturamento de US$4,45 bilhões, podemos estimar que a UE ficará com 600 mil toneladas equivalente carcaça de carne bovina brasileira (o equivalente a 100% das exportações do Uruguai ou da Argentina, por exemplo), proporcionando US$1,56 bilhão (o equivalente a quase 100% do faturamento brasileiro, com exportações de carne bovina, em 2004). Essas 600 mil toneladas equivalem a 2,5 milhões de cabeças bovinas de 16@, algo entre 5% e 7% da produção brasileira de carne bovina estimada para este ano. Pode parecer pouco, mas não é. Talvez em períodos de escassez de oferta, uma eventual perda ou aumento das restrições para atender esse mercado não sejam tão sentidas pelos produtores. Mas em períodos de oferta abundante, a situação passa a ser outra. Vale destacar ainda que o preço médio da carne bovina exportada para a UE está 73% mais alto do que o da Rússia e 60% mais alto que o do Oriente Médio, os outros dois principais clientes brasileiros. Portanto, a perda desse mercado levaria ao achatamento das margens dos exportadores, dando força a pressões baixistas sobre as cotações da arroba. Inclusive, alguns programas de premiação/bonificação poderiam ser cancelados. Além da UE e, internamente, as churrascarias, nenhum outro mercado que o Brasil atende é muito exigente em qualidade, portanto não seria necessário pagar a bonificação. O Chile também exige rastreabilidade, sendo o melhor mercado da América do Sul. Mas após os casos de febre aftosa no Mato Grosso do Sul e Paraná, restringiu as compras apenas ao Rio Grande do Sul. Como a produção de carne no extremo Sul do País despencou, e há pouco gado rastreado na região, o Brasil hoje exporta muito pouco para o Chile. (FTR)
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