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Scot Consultoria

Exportação de carne bovina deve crescer pouco em 2008


Terça-feira, 11 de dezembro de 2007 - 10h31

As exportações brasileiras de carne bovina deverão registrar um pequeno aumento em 2008, mas a receita das operações deve subir em maior proporção, informou nesta segunda-feira a Abiec, entidade que representa os exportadores. Segundo a Abiec, as exportações de carne bovina do Brasil deverão atingir aproximadamente 2,62 milhões de toneladas (equivalente em carcaça) em 2008, ante volume de 2,5 milhões de toneladas em 2007, diante da perspectiva de ampliação de mercados e da eliminação de antigos embargos. A receita esperada para o ano que vem está no intervalo entre 4,89 e 5,11 bilhões de dólares, contra 4,45 bilhões que devem ser registrados neste ano. A Abiec tem seguido uma estratégia de elevar o valor agregado nas exportações de carne bovina, optando por produtos com maior grau de processamento e maiores valores por quilo. "Nosso foco agora não é ganhar campeonato de volume. O que interessa é a renda. Não adianta vender muito se tiver pouca renda", afirmou Marcus Vinicius Pratini de Moraes, presidente da associação, durante uma coletiva. De janeiro a novembro, o Brasil acumulou 4,09 bilhões de dólares e 2,37 milhões de toneladas em exportações de carne, representando aumento de 7,8% sobre o volume e de 13,85% sobre o valor da mercadoria em comparação ao mesmo período de 2006, informou a Abiec. O preço da carne bovina no Brasil está nos maiores patamares desde o início do Plano Real, em 1994, por conta de um aumento no consumo, o que força os exportadores a elevarem os preços de venda no mercado externo. "A gente está vivendo um momento em que o Brasil tem um mercado doméstico muito forte... nestes últimos seis meses, vimos uma pressão bastante forte no setor pelo aumento no preço da matéria-prima e pelo fortalecimento do real", afirmou José Paulo Macedo, coordenador de relacionamento com os investidores da JBS, maior processadora mundial de carne bovina. "No mercado externo, você leva mais tempo para conseguir repassar este seu preço. (...) Vendemos um número maior de cortes no mercado doméstico porque estava remunerando melhor." Apesar da suspensão de embargos impostos pela Rússia à carne bovina brasileira e do interesse de ampliar as trocas comerciais com Cuba, Malásia e China, as exportações brasileiras ainda sofrem restrições no Chile e na África do Sul por conta do foco de febre aftosa registrado em 2005, informou a Abiec. "Isso é uma ação deliberadamente contra o Brasil e que nós devíamos retaliar", reclamou Pratini, comentando a medida restritiva chilena. "É uma coisa abusiva, sem nenhuma justificativa tecno-científica. Puro interesse comercial", acrescentou. Ele também mostrou insatisfação com a campanha dos produtores de carne irlandeses contra as exportações brasileiras. Pecuaristas da Irlanda têm se queixado à Comissão Européia, o braço executivo da UE, que os pecuaristas brasileiros não estão obrigados a cumprir determinados padrões exigidos dos produtores da UE. "Vamos ter que comprar um frigorífico lá para acabar com essa história", disse Pratini. Fonte: Reuters. 11 de dezembro de 2007.
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