Mais mudanças no Sisbov por causa dos Europeus

Segundo o Valor Econômico, mudanças nas normas do Sisbov (Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos) terão de acontecer, por conta das exigências adicionais feitas pela União Européia (UE) durante sua última visita ao Brasil. Dessa vez, a missão durou 14 dias e vistoriou toda a cadeia produtiva bovina. A principal mudança deve ser a integração das bases de dados do Sisbov e dos sistemas de saúde animal dos Estados habilitados a exportar carne bovina à UE. Alterações referentes ao GTA (Guia de Trânsito Animal) e à identificação individual dos animais, já previstas pelo Sisbobv, também foram solicitadas. As certificadoras terão que passar por uma auditoria mais rigorosa por parte do Ministério da Agricultura. Ontem, em reunião na sede do Ministério, as cobranças por parte dos técnicos europeus incidiram em exigências já feitas em missões anteriores. Bateram na tecla do controle da febre aftosa, certificação da exportação e o gerenciamento dos focos surgidos em 2005. Avaliaram o controle da movimentação do gado, a identificação dos animais, o registro das propriedades no sistema, os controle internos dos frigoríficos e a rotulagem da carne. O controle de animais em zonas intra-estaduais, que ficam entre Estados autorizados e não autorizados a exportar para o bloco, também foi analisado. Com a pressão política feita pelos pecuaristas irlandeses contra a carne bovina brasileira, a missão européia foi muito mais rigorosa. Os técnicos acusaram falta de “auditoria sistêmica” em saúde animal das autoridades federal e estaduais. O rascunho das recomendações européias deve chegar ao Brasil dentro de 20 dias. Enquanto isso, aumenta a expectativa de Estados como São Paulo, que aguardam para retomar as exportações à UE. (GSN)
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