Alta dos alimentos e o programa de auxilio à alimentação dos EUA

Segundo artigo publicado no New Yaork Times, o auxilio alimentação feito em 2007 pelos Estados Unidos, principal contribuinte do Programa Mundial de Alimentação (World Food Program) da ONU, foi suficiente para adquirir menos da metade do que havia sido comprado em 2000. Essa queda em quantidade de alimentos adquiridos, a serem doados a países pobres principalmente na África e Ásia, foi conseqüência da alta dos preços dos alimentos. O milho aumentou em decorrência da demanda pela produção de etanol e indiretamente fez com que os preços da soja também subissem, quando plantações de soja foram substituídas pelo milho, diminuindo a oferta. A seca na Austrália, por sua vez, favoreceu a alta do trigo. O aumento do frete internacional também atrapalhou. Segundo o Departamento de Contabilidade do Governo Americano, o número de beneficiados pelo auxílio alimentação americano caiu de 105 milhões em 2002 para 70 milhões em 2006. O congresso americano está considerando algumas alterações no programa com a finalidade de aumentar sua eficiência e alimentar um maior número de pessoas. A idéia seria autorizar no próximo “farm bill” a utilização de US$300 milhões do orçamento do programa, para comprar alimentos diretamente em países africanos próximos às zonas críticas de fome, em detrimento da compra de alimentos nos EUA a serem embarcados em navios de bandeira americana, como é requerido por lei. No entanto, tal medida vem sofrendo forte oposição dos representantes das companhias marítimas e dos agricultores americanos que não pretendem perder essa fatia de mercado. (AA)
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