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Oferta elevada derruba preço da cana


Terça-feira, 23 de outubro de 2007 - 10h26

Os preços da cana entregue pelos fornecedores do centro-sul do país às usinas devem recuar 30% nesta safra, para algo em torno de R$35 por tonelada, de acordo com a Organização de Plantadores de Cana da Região do Centro-Sul do Brasil (Orplana). Segundo Manoel Ortolan, presidente da Orplana, o excesso de oferta de matéria-prima derrubou os preços. Na safra 2006/07, a tonelada da cana estava em torno de R$51. A expectativa é de que os preços caiam ainda mais na safra 2008/09, quando novamente a produção deve ser recorde no país. Nesta safra, a 2007/08, a produção brasileira está estimada em 470 milhões de toneladas, alta de 9,8% sobre o ciclo anterior, de 427 milhões de toneladas. A maior oferta de cana também afeta os preços do álcool. As cotações atuais estão em torno de R$ 0,58 o litro, abaixo dos custos de produção. No mercado, já há preocupação com a possível redução de oferta do combustível na entressafra. A Única (União da Indústria da Cana-de-Açúcar) estima que o consumo de álcool nos quatro meses da entressafra tem de ficar em 1,2 bilhão mensais. Em setembro, o consumo ficou em 1,3 bilhão de litros e deve superar 1,5 bilhão de litros em outubro, conforme estimativas do mercado, por conta dos baixos preços do álcool nas bombas. Para Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da Única, a elevação dos preços na entressafra deverá ajustar para baixo o consumo. Caso isso não ocorra, não haverá oferta suficiente para atender à demanda. Ontem, a Única formalizou o protocolo agroambiental com 79 usinas do centro-sul, no qual as empresas se comprometem a promover a produção sustentável do etanol. Esse protocolo faz parte de um dos 21 projetos ambientais estratégicos do governo do Estado de São Paulo. Até 2014, 100% das usinas deverão mecanizar a colheita em áreas mecanizáveis e até 2017 em áreas não-mecanizáveis. Com o fim das queimadas em São Paulo, cerca de 180 mil cortadores deverão perder emprego. Mas, segundo a Secretaria de Agricultura do Estado e a Única, cerca de 70 mil deverão ser reaproveitados nas áreas agrícolas e industriais com outras funções, com remuneração maior, sobretudo para operar máquinas. Segundo a Única, a demanda por máquinas agrícolas para cana deverá crescer com o maior índice de mecanização no Estado. Fonte: Valor Econômico. 23 de outubro de 2007.
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