Laep assume Só-Nata e cresce no interior de São Paulo

O laticínio Só-Nata, de Votuporanga, a 520 km de São Paulo, já faz parte do mesmo grupo que passou a controlar a Parmalat no Brasil. Desde o início deste mês, a Lácteos do Brasil, empresa controlada pelo fundo Laep Investments, assumiu a gestão das operações da empresa, que coleta e beneficia cerca de 300 mil litros de leite por dia. A aquisição, de 98,67% do capital que estava em mãos de grupos familiares, foi firmada em meados de setembro, segundo material informativo disponível do Laep - que está em processo de abertura de capital e por isso, não concedeu entrevista. O valor da operação, segundo prospecto da oferta pública, ficou em R$37,7 milhões. Mas o preço final pode ser acrescido em R$8,5 milhões, dependendo do "sucesso nas negociações de rescisão de determinadas relações comerciais, contratuais e trabalhistas", entre outras obrigações de praxe em negociações do gênero. A Só-Nata Indústria e Comércio de Produtos Alimentícios Ltda., que deverá ser transformada em sociedade anônima, tem capacidade para coletar e processar entre 250 e 300 mil litros de leite/dia em uma única unidade industrial. Sediado em Votuporanga, o laticínio atua no raio de até 100 km na região, operando várias linhas de captação do produto, e há anos não enfrenta concorrência direta. A Nestlé suspendeu suas operações locais há um bom tempo. A empresa é detentora da marca Lady para o leite em caixinha (UHT). Em julho, conforme dados da Nielsen citados pelo Laep, detinha participação de mercado de 3,4% em volume e 2,9% em valor, no interior do Estado (excluindo alguns municípios da Grande São Paulo). Além do leite, a Só-Nata produz e distribui itens como manteiga, bebida láctea, requeijão e queijos. De acordo com informações disponíveis, em breve a empresa passará a empacotar leite em caixinha com a marca Parmalat. O Laep informa no prospecto que de janeiro a julho de 2007 o laticínio faturou R$60,8 milhões. No ano passado, a receita bruta atingiu R$93,8 milhões. Além do nome Parmalat, o grupo detém as marcas Glória, Alimba, Lacesa e Kidlat. A do laticínio está sujeita à aprovação do Cade. Fonte: Valor Econômico, por Ivo Ribeiro. Adaptado pela Scot Consultoria. 17 de outubro de 2007.
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