Etanol na gasolina exportada

Uma solução para transformar o etanol em commodity seria a exportação de gasolina com adição do combustível limpo, sugestão feita pela União dos Produtores de Bioenergia (Udop). Essa prática já tinha sido utilizada na década de 80, quando o Programa Brasileiro do Álcool (Proálcool) previa a substituição em larga escala dos derivados do petróleo, exportando, durante dois anos, gasolina com 10% de álcool anidro. Entretanto, nos anos 90 houve uma crise de falta de álcool no mercado interno, o que acabou com a prática. Levando-se em conta que hoje a Petrobrás vende três bilhões de litros de gasolina pura ao exterior, as exportações desta com adição de 10% de etanol podem gerar um volume adicional nas vendas externas de 300 milhões de litros de etanol, além de fazer um marketing mundial do biocombustível e aquecer as vendas do produto puro. Com esse negócio, o Brasil poderia exportar por ano até 140 milhões de litros de etanol adicionados à gasolina, somente para a União Européia, já que, de acordo com um documento internacional, todas as montadoras reconhecem que os motores dos veículos leves estão aptos a utilizar gasolina com até 10% de etanol, e o bloco já prevê a mistura de 10%. Nos Estados Unidos, principais importadores do etanol brasileiro, a gasolina vendida no país já tem 5% de adição de etanol, e outros diversos países, como Japão, Índia, China e países da África e da América Latina, têm esse programa de mistura. No Brasil, a mistura é regulada pelo governo e varia de acordo com o volume de produção (entre 20% e 25%). Nesta safra, com produção 21,3 bilhões de litros de álcool, estimados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o nível de mistura na gasolina está em 25%. Fonte: Jornal DCI. Agronegócios. Adaptado pela Scot Consultoria. 17 de setembro de 2007.
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