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Scot Consultoria

Encontro da Pecuária Leiteira da Scot Consultoria entrevista o palestrante Wiliam Tabchoury


Quinta-feira, 26 de julho de 2012 - 09h38

Nos dias 21 e 22 de agosto de 2012 acontecerá o Encontro da Pecuária Leiteira da Scot Consultoria, em Ribeirão Preto-SP.


Mais informações em www.scotconsultoria.com.br/encontrodeleite


Um dos palestrantes será Wiliam Tabchoury, engenheiro agrônomo formado pela ESALQ/USP e gerente do Produto Leite da CRV Lagoa.


Sua palestra abordará a seleção genômica e o melhoramento genético na pecuária de leite.


Para saber um pouco sobre o que será abordado na apresentação do Wiliam, leia a entrevista que ele concedeu à Pamela Alves, analista da Scot Consultoria.


Entrevista Wiliam Tabchoury


Scot Consultoria: Nos últimos anos, quais raças têm despontado na preferência do produtor leiteiro? Quais as raças cruzadas/híbridas que possuem boa produtividade e melhor adaptabilidade às condições climáticas do país?


Wiliam Tabchoury: Quando se analisa as vendas de sêmen nos últimos cinco anos, detecta-se uma clara tendência de prevalência de determinadas raças.


Em 2011, o holandês liderou com 59% do total, seguido de 17% do Gir Leiteiro, 16% do Jersey, 8% do Girolando e 2% de outras raças leiteiras.


Os grandes destaques em termos de crescimentos percentuais, na venda de sêmen em 2011, ficaram por conta da raça Girolando, com 49%, seguido do Holandês (19%), Gir Leiteiro (17%) e Jersey (11%).


 


Scot Consultoria: O uso de IA/IATF já é comum na produção leiteira? Qual a porcentagem do rebanho leiteiro brasileiro que já usa essa tecnologia? Qual o custo benefício do uso de IATF/IA na pecuária de leite?


Wiliam Tabchoury: O uso da inseminação artificial ainda é pequeno no rebanho leiteiro nacional. Estima-se que somente 12% do total usa esta técnica, contra índices de 90% ou mais em países desenvolvidos e com elevadas produções de leite.


A técnica de IA permite uma série de vantagens ao produtor de leite, tais como: maior progresso genético do rebanho; aumento no percentual de nascimentos de fêmeas, através do uso do sêmen sexado; maior controle de endogamia; aumento na quantidade alojada de fêmeas nas fazendas, em função da eliminação dos machos, além de ser mais barata e acessível aos produtores de leite, quando comparada à monta natural.


Portanto, trata-se de uma questão muito mais de cunho cultural do que financeiro, que pode ser alterada através de uma melhor divulgação e conhecimento da técnica, além do incremento na capacitação e qualificação da mão-de-obra nas fazendas.


 


Scot Consultoria: A baixa produtividade é uma realidade na maioria das propriedades leiteiras no Brasil. De que forma, os trabalhos em genética vêm sendo conduzidos para a busca de um animal mais adaptado aos diferentes climas do país? Algum destaque, dentro de alguma raça e/ou região?


Wiliam Tabchoury: O melhoramento genético moderno tem priorizado a longevidade, o aumento da produção de leite e de sólidos e, ainda, a seleção de indivíduos com uma conformação mais funcional.


Trata-se da busca por um biótipo mais funcional e eficiente, dentro de uma mesma raça ou de cruzamento. Sabe-se cientificamente que os indivíduos mais funcionais são aqueles que têm estatura mediana, maior força leiteira, úberes mais aderidos ao corpo e melhores conjuntos de pernas e patas. Isto se consegue de uma maneira mais certa com a inseminação artificial, que tem espaço para crescer no Brasil, uma vez que atinge somente 12% do rebanho leiteiro nacional. 



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