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Scot Consultoria

O Wet-Blue é o cartão de visitas do couro brasileiro


Segunda-feira, 6 de agosto de 2007 - 09h50

Juntamente com o crescimento do abate bovino crescem também as exportações de couro Wet-Blue. A indústria calçadista nacional consome menos da metade da produção, logo há a necessidade de incrementar as exportações do produto. O Brasil exporta Wet-Blue em três modalidades: Pequenos (7kg) - média de preços U$3,23/kg ; Médios (15kg)- média de preços U$3,07/Kg e Raspas com preço médio de U$0,78/kg. Segundo as estatísticas da SECEX de 2007, as exportações de Wet-Blue representaram 50,76% do total de couro exportado até maio, havendo ai uma pequena retração em relação aos cinco primeiros meses de 2006, em que representava 55,14% do total. Isso pode ser reflexo do aumento da incidência tributária, que passou de 7% em 2006 para 9% em 2007, com conseqüente aumentou de custos para o exportador de Wet-Blue. É a tarifa “vai e volta”. Era 9%, entrou num processo de redução, com objetivo de chegar a zero, mas aí, por pressão, voltou aos 9%. No ranking de compradores de Wet Blue brasileiro, levando em consideração o volume, destacam-se China e Itália. A China compra mais raspas, a Itália mais peças pequenas e médias, portanto, fica à frente em termos de faturamento. Mercados para couros de maior valor agregado foram conquistados por empresas que utilizaram as vendas do Wet-Blue como porta de entrada para couros semi-acabados e acabados. Agora basta saber se a quantia desviada das empresas exportadoras de Wet-Blue para o governo, na forma de tributos, estimados em R$90 milhões em 2007, irá retornar à cadeia na forma de tecnologia, a fim de agregar valor ao couro brasileiro para que este continue conquistando, não só mercados, mas mercados que paguem bem. Até agora, nada. (AA)
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