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Países querem independência na produção de biocombustíveis


Segunda-feira, 30 de julho de 2007 - 09h44

O mundo todo sempre foi dependente do mercado de combustíveis, devido ao monopólio do petróleo. Hoje, com os biocombustíveis, os países vêem uma chance de adquirir independência energética e, principalmente, não ficar a mercê dos altíssimos preços impostos pelo mercado petrolífero. Nessa conjuntura, o Brasil, um dos maiores produtores de etanol, pode se beneficiar das exportações, mas cada vez mais surge a necessidade da criação de acordos de livre comércio, a fim de diminuir as barreiras tarifárias. A última tentativa foi de um acordo com a União Européia, onde o Brasil pediria uma cota para exportar 1 milhão de toneladas (1 bilhão de litros) de etanol com tarifas preferenciais, segundo notícia do jornal Valor Econômico. A UE deseja substituir 10% dos combustíveis usados no bloco por biodiesel e etanol até 2020 e, para atingir esse objetivo, estima ter que importar 20% do seu consumo de biocombustível. Porém, mesmo com essas perspectivas, Bruxelas não demonstra intenções de abaixar a guarda e mantém as elevadas tarifas de importação. A utilização de biocombustíveis é uma tendência mundial. Os Estados Unidos, por exemplo, são hoje os maiores produtores de etanol do mundo a partir do milho. Mesmo assim, os norte-americanos ainda necessitam importar biocombustível para atender sua demanda, sendo os maiores importadores do etanol brasileiro, correspondendo a 22,26% das nossas exportações no mês de junho, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Os EUA e a UE vêem a produção de biocombustíveis como uma grande oportunidade para seus setores agrícolas no médio a longo prazo, por isso a preferência em importar commodities para produzir seu próprio combustível, do que importar o combustível. Para ilustrar essa situação da crescente “auto-suficiência” dos países em relação ao biocombustível, segundo o MAPA, o volume de álcool importado pelos EUA desde janeiro até junho de 2007 diminuiu em torno de 44,1%. Com isso, o aumento da demanda pela soja e milho (matérias-primas para a produção de biocombustíveis) tem aquecido esse mercado, incentivando as exportações brasileiras dessas commodities. (GSN)
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