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Scot Consultoria

Querem o bucólico e o cômico


Quarta-feira, 25 de julho de 2007 - 09h37

É interessante notar que, uma vez que o Brasil se estabeleceu como grande exportador de carne bovina, tem chovido matérias e estudos de todos os lados, informando que os bovinos são grandes poluidores e que o negócio é comer verdura, ser vegetariano, que a pecuária é inimiga da Amazônia e coisa e tal. Antes disso, era uma paz que só vendo. Agora tem ONG calculando até a quantidade de CO2 do pum do boi. Falta do que fazer e muito dinheiro para gastar a toa. Essa é mais uma que vamos ter que enfrentar para sair da linha de pobreza. E atenção! Quinta coluna e inocente útil é o que tem de mais abundante no Brasil. Mais do que boi. Essas pessoas ficam chocadas ao desembarcarem no Brasil, pois não encontram índio de tanga e nem tocando apito. É isso que elas querem ver. Progresso e desenvolvimento... nem pensar! Querem o bucólico e o cômico. A fome e a miséria, ora bolas, deixem para lá, pois terão lindas fotos da natureza para mostrar para os seus patrícios, bem longe daqui. A última estultice foi a divulgação de que a produção de um quilo de carne emite tantos gases relacionados ao efeito estufa quanto dirigir um automóvel por três horas. Bacana não é? Mas... e se for verdade? Nesse caso invoco a engajada e consciente comunidade dos países desenvolvidos e rogo que deixem de rodar com seus automóveis por três horas a cada quilo de carne produzida do Brasil. Sabem, sou antiquado e prefiro poluir produzindo alimento que poluir andando de carro em Londres, Paris, Tóquio ou em Chicago. Produzir carne bovina é bom para o Brasil, bom para os brasileiros e bom para o mundo. Só não é bom para quem produz carne bovina na Europa, nos Estados Unidos, no Japão, na Austrália e quejandos. Dá para suspeitar dessa campanha contra a carne bovina brasileira. Para quem se alimenta desse precioso fruto da terra, em todo o mundo, é ótima a carne brasileira. Boa, barata e acessível. Querer jogar o peso ambiental sobre as nações em desenvolvimento é pura sacanagem. Safadeza das maiores. Quando a emissão de carbono nos países desenvolvidos se equiparar à do Brasil, poderemos acreditar na sinceridade da preocupação que alegam ter com o ambiente. Antes disso, ações contra os sistemas produtivos do agronegócio brasileiro não passam de estratégias nefastas ao nosso progresso e ao bem-estar de nossa população. (AT) COMENTÁRIOS Muito boa a colocação do artigo "Querem o bucólico e o cômico". É tão grande o efeito do pum bovino "made in Brazil" que as instituições nacionais já estão se articulando para calcular o efeito "pumbástico" do boi de capim brasileiro. Na ESALQ a nova safra de doutorandos já está buscando formas de avaliá-lo. Nos três últimos eventos técnicos que participei houveram palestras que se não foram exclusivamente sobre o pum e o arroto da vaquinha, deixaram grande destaque nas apresentações sobre a falta de etiqueta da mesma! Na Embrapa de Jaguariúna já tem pesquisador montando grupo de pesquisa sobre o assunto. Abração, Jilet
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