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Scot Consultoria

Pecuária de corte dos Estados Unidos também atravessa um período de ajuste


Terça-feira, 24 de julho de 2007 - 10h01

De acordo com informações levantadas pelo Meat and Livestock Australia (MLA) o rebanho bovino dos Estados Unidos está em retração. No início de julho deste ano era formado por 104,80 milhões de cabeças, 0,4% (o equivalente a 400 mil cabeças) a menos que no mesmo período do ano passado. Secas severas que acometeram o país no ano passado e nesse ano são apontadas como uma das causas do ajuste, pois instigaram a liquidação de plantel. Mesmo assim, a retração observada para o rebanho de vacas, que chegou a 6% (hoje em 33,35 milhões de cabeças) surpreendeu os analistas, que esperavam um ajuste em torno de 2,3%. Evidente, portanto, que os produtores dos Estados Unidos não estão apenas respondendo aos problemas climáticos. É preciso considerar também os impactos do aumento dos custos de produção e das incertezas relacionadas ao mercado de carnes. No Brasil a pecuária bovina de corte também atravessa um período de acomodação, reflexo da crise de preços que castigou o campo entre 2001 e 2006. Dados oficiais já apontam retração de rebanho em vários Estados. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a perda teria sido de cerca de 7%, o equivalente a 1 milhão de cabeças, de acordo com o Departamento de Fiscalização Sanitária Animal do Estado (DFDSA). Com relação aos bovinos confinados nos Estados Unidos, no início de junho somavam 10,7 milhões de cabeças, retração de 1% em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, especificamente em Nebraska e Iowa, houve aumento de 4,5%. Em junho deste ano o volume de cabeças confinadas nos Estados Unidos havia sido 15% menor do que no mesmo período do ano passado. O aumento dos custos de produção, graças à expansão da produção de etanol à base de milho, tem feito os confinadores norte-americanos trabalharem com o “freio de mão puxado”. Aliás, informações locais dão conta de que os produtores estão maximizando os ganhos em pastagem, para que os animais entrem mais pesados no cocho. O confinamento nos EUA está abrasileirando? E por falar em Brasil, a Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) aponta que, apenas considerando os associados, o volume de animais confinados em 2007 pode aumentar em torno de 25% na comparação com 2006. (FTR)
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