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Scot Consultoria

GPS na lavoura


Segunda-feira, 23 de julho de 2007 - 09h37

Uma nova tecnologia para o controle do cultivo de cana-de-açúcar foi apresentada no 5º Simpósio Internacional e Mostra de Tecnologia da Agroindústria Sucroalcooleira (Simtec) realizado em Piracicaba-SP. De acordo com informações divulgadas pela Agência Fapesp, foi apresentado durante o Simpósio uma tecnologia aplicada em plantações australianas, que monitora todo o ciclo produtivo da cana por meio de satélites e aparelhos GPS (Global Position System). O sistema permite controlar todo o processo de produção, desde a preparação do solo até o transporte da cana às usinas. Segundo os responsáveis pela tecnologia, ela vai além das outras existentes, como a de mapeamento por satélite das áreas de cultivo. De acordo com o diretor da empresa que detém a tecnologia, o uso de GPS de alta precisão permite que todo o processo seja monitorado e controlado. Inicialmente, é feito um tratamento da área em que será plantada a cana-de-açúcar. O sistema, integrado a computadores nos tratores, permite fazer o terreno quase perfeitamente nivelado, com uma taxa de erro de apenas dois centímetros. O trator é guiado pelo GPS, que corrige o rumo em tempo real. O operador da máquina não precisa fazer nada. Para ter um sistema de irrigação padronizado em toda a lavoura, o solo é sistematicamente preparado com sulcos, pelos quais passarão as rodas da máquina na fase de colheita. Esse sistema reduziria em 18% a compactação do solo, aumentando a infiltração da água e diminuindo em 50% o custo de preparação da área para os próximos plantios. Na colheita, a máquina é guiada pelo GPS para manter a mesma rota, compactando o solo somente nas áreas em que passam as rodas. O caminhão que faz o transporte da cana tem um dispositivo que mede o peso da carga e o envia para a base de dados. Ao chegar à usina, já se sabe a quantidade de cana no caminhão e em qual área ela foi colhida. Essas informações, aliadas ao controle de qualidade do produto, são essenciais para corrigir áreas de baixa produtividade. Antes de ir para a primeira moagem, a cana-de-açúcar passa por um sistema que emite luz infravermelha e lê a reflexão feita pela planta. Com a luz infravermelha é possível calcular a quantidade de cada uma das substâncias presentes na cana, com precisão de 99,30% quando comparada aos estudos em laboratório. O sistema permite fazer o controle de qualidade da cana e identificar as áreas de alta e baixa produtividade do plantio. Como se sabe de que local foi colhida a cana, pode-se fazer um mapeamento de todo o canavial. Esse mapa de produtividade otimiza o uso de fertilizantes e herbicidas em áreas específicas da lavoura. Segundo a empresa que possui a tecnologia, o sistema possibilita um ganho de produtividade de 20%. Também haveria um aumento em 110% na capacidade de uso do maquinário agrícola e de 25% nos caminhões de transporte. Já existe interesse de algumas empresas brasileiras para a adoção da tecnologia. (MGT)
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