A atual escassez de boi gordo, resultado, entre outros fatores, do ajuste pelo qual passa a pecuária (após anos de crise de preços), deixa o mercado firme. Desde o início do ano a cotação do boi gordo no Sudeste, Centro-Oeste e parte da região Sul subiu, em média, 16,0%.
As indústrias, diante da dificuldade em preencher as escalas, foram forçadas a negociar com os pecuaristas, e os preços reagiram. O patamar de R$60,00/@ foi atingido e, em algumas praças, superado.
Esse patamar pode ser visto como uma barreira psicológica, uma vez que o pecuarista, geralmente, opta por reter as vendas quando as ofertas de compra se aproximam de R$60,00/@. Entretanto, mesmo nesse patamar, os negócios não deslancharam e os frigoríficos continuam com escalas relativamente curtas, de 4 a 6 dias.
Em regiões onde a disponibilidade de boi gordo é ainda menor do que a média, como São Paulo e Rio Grande do Sul, já foram realizados negócios em R$63,40/@ e R$71,00/@, a prazo, para descontar o funrural, respectivamente.
Veja na tabela abaixo a última vez que o boi ultrapassou o patamar de R$60,00/@ para cada Estado, antes de 2007 (em valores nominais):
No Rio Grande do Sul essa situação já mudou. Mas no Mato Grosso o boi gordo permanece abaixo dos R$60,00/@. Entretanto, diante da baixa disponibilidade de gado terminado, existe a possibilidade do boi gordo ser cotado pela primeira vez em R$60,00/@ no Mato Grosso ainda na entressafra deste ano. É esperar pra ver. (LMA)
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