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Scot Consultoria

Pecuária no Sul do Pará: realidades e tendências


Terça-feira, 5 de junho de 2007 - 09h25

A pecuária é o cerne da economia do Sul do Pará, onde se destacam os “pólos” de Redenção e Marabá. Pecuaristas com cerca de 15 a 20 mil cabeças de gado são considerados médios. Os dois maiores grupos pecuários da região, que também são os maiores do País, possuem cerca de 230 mil e 300 mil cabeças, de acordo com estimativas locais. A abundância de água (chove durante nove meses do ano) e luz (quase na linha do Equador), além da temperatura elevada, fazem do potencial produtivo da região quase insuperável. Em áreas novas é possível trabalhar com lotações entre 8 e 10 cabeças por alqueirão (o equivalente a dois alqueires paulistas), posteriormente caindo para o nível normal, entre 5 e 6 cabeças por alqueirão, sem adubação e maiores cuidados. Na seca, apenas através da utilização de sal com uréia é possível alcançar ganhos de peso entre 150 e 200 gramas ao dia, similares ao que ocorre no Centro-Sul do País com o uso de sal proteinado. Sal proteinado de alto consumo chega a gerar ganhos de peso diários superiores a 700 gramas/dia. Mas apesar desse potencial todo, a pecuária local ainda pode ser considerada um tanto quanto extrativista, pouco tecnificada. Cerca de 50% do rebanho não recebe mineralização adequada, sendo que existe certo “modismo” de se usar sal branco com calcário. Os animais são abatidos pesados (entre 18 e 21 arrobas, mais ou menos), inteiros, relativamente velhos (entre 3,5 e 4 anos) e sem rastreabilidade. Isso de modo geral. Com a melhoria do status sanitário, passando a região a ser considerada livre de febre aftosa com vacinação, e o conseqüente aumento dos investimentos por parte das indústrias exportadoras, a pecuária do Sul do Pará poderá começar a explorar novos mercados, fazendo com que seu sistema de produção, em médio prazo, se altere, aproximando-se mais dos modelos adotados no Centro-Sul do País, mas sem deixar de cultivar e explorar ao máximo as vantagens regionais. As informações utilizadas nessa análise foram coletadas, pela Scot Consultoria, junto aos amigos da Premix e de produtores das regiões de Marabá e Redenção, no Pará. (FTR)
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