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Cama de frango é ruim para o gado


Quarta-feira, 30 de maio de 2007 - 09h31

Pode provocar o mal da vaca louca e botulismo. Secretaria intensificou a fiscalização. Infratores podem ser presos O uso da cama de aviários para alimentar o gado está proibido em todo o Brasil desde 2004 por causa do risco de transmissão da encefalopatia espongiforme bovina, o “mal da vaca louca”. Existem evidências de que o agente infeccioso seja uma proteína anormal, chamada prion, que se acumula em tecidos do animal doente. Como a ração de aves e suínos contém proteína animal - farinhas de carne e osso, além de material graxo - há o risco de se fechar o ciclo da doença ao fornecer essa ração para animais suscetíveis, como os ruminantes: bovinos, bubalinos, caprinos e ovinos. O Brasil ainda não registrou casos da doença, presente na Europa e na América do Norte. No Estado de São Paulo, onde tanto a avicultura como a pecuária são atividades de grande expressão, muitos criadores desprezam o risco e ainda utilizam o substrato dos galinheiros misturado à silagem de milho, napier e outras gramíneas para alimentar o gado. Para mostrar que a proibição é para valer o Ministério da Agricultura, em parceria com a Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento, decidiu aumentar o rigor na fiscalização. Agentes da vigilância sanitária animal estão indo às propriedades para colher amostras do alimento servido ao gado. O material é encaminhado para exame e, se constatada a presença de proteína animal - presente na cama de frango -, o laudo é encaminhado ao Ministério Público Estadual (MPE) para as providências legais. O infrator pode ser processado por crime contra a saúde pública e ficar sujeito, até, à pena de prisão. Ao mesmo tempo, técnicos do Ministério e da Secretaria estão realizando encontros com pecuaristas e granjeiros para reafirmar a proibição e discutir possíveis alternativas. No último dia 10, o evento reuniu mais de 200 produtores em Capela do Alto, região de Sorocaba. Os criadores buscam opções tão baratas quanto a cama de frango para alimentar o gado, sobretudo no período de inverno, quando os pastos escasseiam. Já os granjeiros querem abrir novos mercados para não perder a renda propiciada pela comercialização da cama. Fonte: TOMAZELA, José Maria. Jornal Estado de São Paulo. 30 de maio de 2007.
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