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Rio Grande do Sul debate se vacina ou pára de vacinar contra a aftosa


Quinta-feira, 26 de abril de 2007 - 09h42

De acordo com notícia veiculada no Jornal Valor Econômico, em 26 de abril de 2007, o debate sobre a vacinação contra a febre aftosa do rebanho do Rio Grande do Sul tem sido grande. Em maio será realizada a reunião anual da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE), em Paris, quando Santa Catarina poderá ser reconhecida como livre de febre aftosa sem vacinação. Tal status já foi conquistado, internamente, pelo Estado. A proximidade desta possível decisão tem feito com que as autoridades do Rio Grande do Sul passem a questionar se o melhor, por enquanto, é continuar livre da doença com vacinação ou se já iniciam ações para se tornarem livres sem vacinação. Existem opiniões a favor da paralisação da vacinação, como da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne Suína (Abipecs). Segundo a entidade, caso o Estado deixe de vacinar ainda esse ano (no caso em julho, quando ocorre a segunda etapa da vacinação), em 2008 já poderia dar início ao processo de reconhecimento como livre sem vacinação. A justificativa para parar de vacinar é a possibilidade de acessar mercados que não aceitam a regionalização, seja para a carne suína ou para a carne bovina. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne Bovina (ABIEC) estima que o Brasil, apesar de ser o maior exportador do produto, ainda não acessa pouco mais de 50% do mercado mundial para a carne in natura, graças, principalmente, ao status sanitário. Mas para retirar a vacinação, o Rio Grande do Sul precisará aumentar a vigilância nas regiões de fronteira com o Uruguai e Argentina, e também instaurar a proibição do trânsito de animais entre Estados com diferentes status. Na prática, portanto, só poderia comercializar com Santa Catarina. E a dificuldade em se realizar uma fiscalização realmente eficiente na fronteira Brasil-Uruguai, considerando a tradicional falta de equipamentos, pessoal e recursos, será grande, uma vez que existem mais de 400km de fronteira seca entre estes países. De acordo com o delegado federal da Agricultura no Rio Grande do Sul, a suspensão da vacinação deveria vir junto com a uniformização dos procedimentos nos dois Países. E isso envolve muita negociação, planejamento e, principalmente, tempo. Segundo ele, a previsão para parar de vacinar é 2009, caso ocorra avanço nos controles e procedimentos de combate à doença e não haja nenhum novo foco de aftosa na região. (MGT)
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