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EUA prevê queda na disponibilidade de carne no mercado interno


Terça-feira, 17 de abril de 2007 - 09h38

A febre do etanol deve afetar os norte-americanos de inúmeras maneiras, não apenas acerca do preço do milho e seus derivados. De acordo com recentes estimativas do Departamento de Agricultura dos EUA, deve ocorrer uma queda de 770 gramas per capita na disponibilidade interna de carne (bovina, suína e de frango) para todos os norte-americanos. Estima-se que a queda total será de cerca de 450 milhões de quilos na produção, o equivalente a uma retração de 100,6 kg per capita, em 2006, para 99,8 kg em 2007. Esse é o efeito imediato da previsão de alta nos preços do milho devido à demanda aquecida para produção de etanol. A produção de frango e de suíno está intimamente ligada ao preço do milho, uma vez que este concentrado compõe grande parte da dieta desses animais no sistema de produção intensivo. No caso dos bovinos, diferentemente do que se observa no Brasil, o confinamento é uma prática obrigatória para a terminação do gado nos EUA, e as dietas possuem alta proporção de milho também. Diante da previsão de alta para o preço do milho, e conseqüentemente para o custo de produção de bovinos, suínos e frangos, muitos pecuaristas devem reduzir a produção ou cancelar novos investimentos. Pecuaristas que produzem o próprio milho podem até destinar parte de sua produção para as fábricas produtoras de etanol, caso o preço seja mais favorável. O governo norte-americano estuda políticas para evitar efeitos drásticos para a agropecuária local devido à febre do etanol. A perspectiva de aumento na safra de milho pode ajudar a segurar um pouco a alta, mas ainda assim o governo já espera alta de 2,5% a 3% nos preços de alimentos de maneira geral. (LMA)
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