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Scot Consultoria

Pantanal, maior cheia dos últimos 12 anos


Quinta-feira, 29 de março de 2007 - 10h00

A Defesa Civil de Corumbá (MS) aguarda o envio de relatórios da Embrapa Pantanal; Iagro e das Secretarias Executivas de Desenvolvimento Agropecuário e de Meio Ambiente, além de laudos da equipe do próprio órgão que acompanha a Ação Cívico Social (Aciso) desenvolvida pela Marinha, em atendimento às populações ribeirinhas, para definir pela recomendação ou não da decretação de Estado de Emergência em razão da cheia do rio Paraguai. A informação é do capitão-bombeiro Fábio Catarineli, gerente do órgão. O Sindicato Rural de Corumbá solicitou ao Executivo que decrete Estado de Emergência na área rural do município, informando que em algumas áreas, a situação é crítica, em razão da altura do rio, como nas regiões do Jacadigo; Paiaguás e Nhecolândia. Do total de 1,9 milhão de cabeças de gado dos pecuaristas de Corumbá, cerca de 600 mil cabeças já estão sendo transportadas para áreas seguras. Entretanto, os prejuízos já começam a aparecer, ficando todos para o produtor, assegurou o presidente do Sindicato Rural de Corumbá, Pedro Lacerda. “O bezerro morre; o gado enfraquece porque a água cobre o pasto. Os prejuízos são difíceis de calcular, cada produtor tem um determinado número de animais; com seu próprio custo. Se um pequeno proprietário perde 20 vacas, por exemplo, como ele vai fazer para pagar o financiamento, sua linha de crédito?”, observou. Ainda de acordo com o dirigente sindical, a enchente chegou mais cedo no Pantanal, há regiões em que a altura do rio está mais de 1,40 metro acima da registrada nesta mesma época de 2006 e as informações são de que esta cheia será a maior dos últimos anos. O Sindicato Rural já encaminhou à Defesa Civil um relatório sobre a situação. “Recebi o relatório e aguardamos os laudos dos órgãos e da equipe da Defesa Civil, que está no Pantanal, para a análise e definição se recomendamos ou não ao prefeito que decrete Estado de Emergência”, disse Catarineli ao Corumbá On Line. Ele acredita que a definição deve sair na próxima semana. Pico da cheia – Levantamento feito pelo hidrólogo Sérgio Galdino, da Embrapa Pantanal, indica que a chance do nível máximo do rio Paraguai, em Ladário, neste ano ser igual ou superior a 5,5 metros é de 90%. Já a probabilidade do pico dessa cheia ser igual ou maior que 6 metros, como a ocorrida em 1995, é de 43%. Assim, explicou o pesquisador, “a expectativa atual é que em 2007, o nível máximo do rio Paraguai, em Ladário, fique compreendido entre 5,5 m e 5,99 metros, e que o pico dessa cheia ocorra em maio ou princípio de junho”. Os dados confirmam o primeiro levantamento, realizado em janeiro, que indicava a possibilidade de o Pantanal registrar a maior cheia dos últimos 12 anos. A cheia de 1995 foi a terceira maior que se tem registro, com pico de 6,56 metros. A partir de então o nível máximo do rio Paraguai, na centenária régua ladarense foi de 5,69 metros, ocorrido em 1997. Fonte: Campo Grande News. Contribuição de Rogério Goulart.
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