• Sábado, 27 de abril de 2024
  • Receba nossos relatórios diários e gratuitos
Scot Consultoria

Coréia do Sul relaxa na fiscalização da carne bovina dos Estados Unidos


Sexta-feira, 9 de março de 2007 - 09h55

De acordo com informações do Meat and Livestock Australia (MLA), após negociações realizadas entre os dias 5 e 6 deste mês, em Washington, o governo sul coreano decidiu adotar um procedimento menos rigoroso na fiscalização da carne bovina norte-americana. A Coréia continuará importando apenas carne sem osso. Porém, caso sejam encontrados fragmentos de osso, os fiscais coreanos farão retornar apenas a “carga contaminada”, e não todo o carregamento, como vinha sendo feito até então. O governo norte-americano ainda não está satisfeito. Vê com certo ceticismo a medida e afirma que não existem riscos para a Coréia importar carne com osso dos Estados Unidos. Em todo caso, esse compromisso de relaxamento na fiscalização já pode ser considerado uma vitória. Vale lembrar que em 2003 os Estados Unidos disputam com Brasil e Austrália o posto de maior exportador mundial de carne bovina. Naquele ano exportou cerca de 1,14 milhão de toneladas equivalente carcaça, um pouco menos que os dois principais concorrentes. Mas após a descoberta de um caso de vaca louca ao final do mesmo ano, as exportações norte-americanas caíram para 209 mil toneladas equivalente carcaça em 2004. Isso equivale, mais ou menos, ao que hoje o Brasil exporta em um único mês. A partir de 2005, depois de um trabalho enorme que envolveu alterações nos sistemas de rastreabilidade, certificação e defesa sanitária, além de marketing e muita negociação com antigos clientes, os embarques começaram a se recuperar. Houve um crescimento de 52% de 2004 para 2005 e de 65% de 2005 para 2006. Por conta disso, no ranking de exportadores, os Estados Unidos, que haviam caído à nona posição em 2004, já subiram quatro degraus e estão em quinto. A expectativa é que alcancem a quarta posição em 2007, atrás apenas de Brasil, Austrália e Índia. Para que isso aconteça, é fundamental que as negociações com os clientes asiáticos, com destaque para Coréia do Sul e Japão, avancem. Hoje esses mercados têm sido atendidos, principalmente, pela Austrália. Isso explica a preocupação dos australianos com a retomada das exportações norte-americanas. (FTR)
<< Notícia Anterior Próxima Notícia >>
Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos


Loja