Tendência de queda dos abates bovinos no Uruguai

A oferta reduzida de gado deve levar à retração dos abates uruguaios em 2007. As informações são do World Beef Report, publicadas pelo Meat and Livestock Australia (MLA). Tal cenário deve afetar negativamente o resultado de alguns frigoríficos brasileiros, que nos últimos anos investiram pesado no Uruguai. Após cinco anos de crescimento ininterrupto, sendo que foram quebrados, de forma consecutiva, três recordes anuais, os abates bovinos no Uruguai devem recuar 3,8% em relação ao recorde de 2,59 milhões de cabeças registrado em 2006. A retração deve acontecer, principalmente, no primeiro semestre deste ano. Já estimativas do National Meat Institute (INAC) projetam que os abates devem cair para 2,43 milhões de cabeças, o que representa um ajuste de -6,2%. De acordo com o World Beef Report, as exportações uruguaias de carne bovina alcançaram 21,118 mil toneladas equivalente carcaça em fevereiro, com faturamento de US$63,40 milhões. Um aumento de 10,6% em relação a fevereiro de 2006. Só para comparar, no mês passado o Brasil exportou, apenas na foram in natura, algo em torno de 150,02 mil toneladas equivalente carcaça, ou seja, 610,3% mais que o Uruguai. Os Estados Unidos, que não compram carne in natura do Brasil, é o maior cliente uruguaio, mas sua importância diminuiu. Em 2005, cerca de 80% de toda exportação uruguaia foi direcionada ao mercado norte-americano. Em fevereiro último, “apenas” 57% das vendas externas de carne bovina do Uruguai tiveram como destino os Estados Unidos. (FTR)
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