Exportações de carne bovina: Estados Unidos e Coréia do Sul voltam a negociar

A partir desta quarta-feira, representantes dos governos da Coréia do Sul e dos Estados Unidos devem se reunir, em Seul, para discutir questões relacionadas às exportações de carne bovina norte-americana para a Coréia. Na teoria, ainda com uma série de restrições, os sul-coreanos derrubaram os embargos contra a carne dos Estados Unidos. Porém, na prática, desde que isso aconteceu, os três carregamentos que saíram dos Estados Unidos para a Coréia não conseguiram desembarcar, pois foram barrados na inspeção. O motivo: pequenos fragmentos de ossos encontrados nas cargas. Em função dos temores relacionados à vaca louca, os sul-coreanos só retomaram a compra de carne desossada dos Estados Unidos. De acordo com estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a Coréia importou cerca de 193 mil toneladas equivalente carcaça de carne bovina em 2006. Nesse quesito, ficou atrás apenas do próprio Estados Unidos, da Rússia, do Japão, da União Européia, do México e do Egito. Em 2003 a Coréia chegou a importar 444 mil toneladas equivalente carcaça de carne bovina. Um dos motivos da forte retração das compras foi, justamente, a descoberta de um caso de vaca louca nos Estados Unidos, em dezembro de 2003. Os norte-americanos eram os principais fornecedores da Coréia. Os sul-coreanos são extremamente exigentes, principalmente com questões relacionadas à sanidade. Só aceitam, por exemplo, comprar carne de países totalmente livres de febre aftosa, e sem vacinação. Assim, depois que passaram a não comprar mais dos Estados Unidos, tiveram dificuldades em encontrar novos fornecedores. Hoje são abastecidos, quase que exclusivamente, por Austrália e Nova Zelândia, que não têm capacidade de suprir toda a demanda. (FTR)
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