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Produtores de algodão do MS são autuados pelo MAPA


Quarta-feira, 31 de janeiro de 2007 - 09h50

Alguns produtores de algodão do Mato Grosso do Sul se arriscaram em plantar uma variedade da planta transgênica proibida no país, o algodão RR. A variedade é resistente ao glifosato, presente em herbicidas. O glifosato mata ervas invasoras na lavoura, deixando apenas a planta transgênica livre para se desenvolver. Este investimento arriscado, por fim custou caro. Todos os produtores que investiram na variedade ilegal foram autuados pelo Ministério da Agricultura. E assim, todos estão proibidos de vender o algodão e ainda irão responder um processo na justiça. Os produtores sabiam que a variedade era proibida. Mas, mesmo assim compraram as sementes no mercado informal, para saber as vantagens que a variedade possui para quando fosse liberada, como aconteceu com a soja. O plantio do algodão tradicional é semelhante ao do transgênico. Não existe diferença no tamanho e nem mesmo na produção. Cada variedade transgênica tem a sua característica. Atualmente apenas uma variedade foi autorizada pela CTNBio, Comissão Nacional de Biossegurança: é o algodão BT, que resiste ao ataque de três tipos de lagartas comuns do algodoeiro. Outras variedades transgênicas estão sendo analisadas e não há previsão de liberação. Os produtores da região contestam que a soja transgênica é muito usada na alimentação humana e animal. E que o algodão a maior parte do consumo é a fibra, e é muito pouco utilizada na fabricação de óleos. Mas, além da questão alimentar, o transgênico também tem interferência no meio ambiente. O algodão, diferentemente da soja, é uma planta que tem parentes na flora brasileira. Se ela cruzar com outras, pode transferir o gene modificado para plantas convencionais e colocar a perder um banco genético único no país. E é devido ao impacto ambiental que o algodão transgênico necessita de mais analises para sua autorização. Na safra passada, foi constatada a presença de algodão transgênico ilegal em 18 mil hectares. Os agricultores ainda estão respondendo a processos na justiça. Atualmente, foram verificados cerca de 1.370 hectares, e a multa pode chegar a R$100 mil. (MAHK)
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