Redução do rebanho do Mato Grosso

Os baixos preços do boi gordo no mercado durante o ano de 2006, fizeram com que os pecuaristas, sem capital de giro, vendessem suas matrizes para o abate. Essa medida se refletiu diretamente na redução do rebanho bovino de Mato Grosso, que caiu de 26.844.149 para 26.172.538. Os números são oficiais e foram divulgados pelo Instituto de Defesa Agropecuária (Indea-MT) nesta terça-feira (16/01). De acordo com os dados do Indea, a redução foi verificada no número de vacas e de animais de 0 a 12 anos. O resultado já era esperado. Em novembro de 2006, estudos realizados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea), apontavam um crescimento de 14,33% no abate de fêmeas, entre janeiro e setembro de 2005 em comparação com o mesmo período do ano passado. Na ocasião a Comissão de Pecuária da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) se reuniu para avaliar a situação. A conclusão da Comissão foi de que o abate de matrizes teria reflexos em médio prazo com a redução do rebanho de bezerros e a diminuição da oferta de boi para o abate, o que poderia promover reação no preço da carne. O diretor da Famato e membro da Comissão de Pecuária da Federação, garante que, apesar do impacto inicial, a redução do rebanho trará reflexos positivos para os pecuaristas mato-grossenses “A diminuição do plantel significa redução de oferta e recuperação de preços. Isso porém, deverá acontecer no final do ano, quando o invernista sentirá a falta de bezerros e de matrizes para reposição da parte do plantel destinada para o abate”. Afirmou. O descarte de fêmeas para abate deve continuar acontecendo nos níveis atuais, até que a atividade da pecuária se torne rentável novamente, o que poderá acontecer a médio prazo se os pecuaristas continuarem buscando o equilíbrio do mercado. (MGT)
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