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Scot Consultoria

Rússia continuará a importar carne da União Européia


Quarta-feira, 20 de dezembro de 2006 - 09h45

A Rússia ameaçava embargar, a partir de 2007, a importação de carnes da União Européia (UE). Alegava preocupações com a sanidade animal na Romênia e na Bulgária, que passarão a fazer parte da UE no ano que vem. Porém, após um encontro entre o comissário de proteção do consumidor da UE e o ministro da agricultura russo, a Rússia se comprometeu a não limitar as transações comerciais. A UE, em contrapartida, garantirá que produtos de carne abaixo do padrão da Romênia e da Bulgária, onde houve casos de peste suína clássica e “língua azul”, não entrarão na Rússia. Com relação à carne bovina, os exportadores brasileiros estavam contando com um aumento das cotas de exportação para a Rússia, em função das restrições à UE. A notícia serviu para esfriar um pouco os ânimos. É preciso considerar, no entanto, que a produção de carne bovina da UE avança a passos de tartaruga. Aliás, de acordo com estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), ela deve se manter, em 2007, nos mesmos patamares de 2006. Algo em torno de 7,88 milhões de toneladas equivalente carcaça. Portanto, não é de se esperar muito “excedente exportável”. Além do mais, o aumento dos preços dos grãos, graças ao aquecimento da demanda para a produção de biocombustíveis, tende a elevar os custos de produção europeus, que já não são muito competitivos. Bom seria contar com um competidor a menos. Mas a notícia da manutenção do comércio de carne bovina entre União Européia e Rússia não pode ser tomada com excesso de pessimismo pelos exportadores nacionais. Continua tudo como está. E, conforme a mídia tem noticiado rotineiramente, não dá para reclamar do saldo das vendas externas de carne bovina brasileira. (FTR) Comentários Se por acaso os russos fechassem a Europa, a carne dos novos membros da UE ia ficar sobrando dentro da propria UE. Na verdade, o Brasil ganharia mercado na Rússia mas, perderia mercado na UE. "Não tem almoço de graça"... Abçs, Fábio Dias
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