Para garantir o abastecimento interno, o governo argentino deverá limitar as exportações de carne bovina, segundo informou a secretaria de agricultura da Argentina à Agencia Estado.
O limite será de 45 mil toneladas/mês, 11% a menos do que se exporta hoje. O objetivo é aumentar a oferta do produto no mercado interno, pois uma alta nos preços poderia impulsionar a inflação, já que a carne bovina faz parte da dieta da população.
Os resultados dessa imposição do governo são claros. Nos primeiros 5 meses de 2006, o montante de carne bovina enviado ao exterior foi 38% menor em relação ao mesmo período de 2005, passando de 147 mil toneladas para 91 mil toneladas. Entretanto, com o aumento nas exportações observado recentemente, de 23% entre agosto e setembro, o governo voltou a se preocupar.
A fonte informou também que uma alta nos preços internos afetaria 30% dos habitantes que vivem na pobreza. Novas medidas ainda serão divulgadas e, inicialmente, serão válidas para os meses de dezembro, janeiro e fevereiro.
Para o Brasil, o auto-embargo argentino é favorável, pois reduz a oferta de carne no mercado internacional e possibilita a melhoria dos preços para a carne brasileira. (FLI)
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