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Estados Unidos voltam a exportar carne bovina para a Rússia


Quarta-feira, 22 de novembro de 2006 - 11h32

A Rússia retomou as importações de carne bovina dos Estados Unidos. Desde o final de 2003, após a descoberta de um caso de vaca louca, a carne norte-americana não entrava mais em território russo. Aliás, em função do surgimento da doença, as exportações de carne bovina dos Estados Unidos, que chegaram a 1.142 mil de toneladas equivalente carcaça em 2003, caíram para 209 mil toneladas em 2004. Em 2003 os norte-americanos disputavam com Brasil e Austrália a primeira posição do ranking de exportadores. No ano seguinte foram praticamente expulsos do mercado. Mas gradualmente os Estados Unidos estão reconquistando seu espaço. Já em 2005 exportaram 313 mil toneladas equivalente carcaça e, em 2006, esperam chegar a 411 mil, um crescimento de 97% em 2 anos. Os norte-americanos voltaram, primeiro, a exportar para seus pares do Nafta. Recentemente a Coréia do Sul já havia reduzido as restrições comerciais à carne dos Estados Unidos. Agora foi a vez da Rússia, que está aceitando carne sem osso de animais com menos de 30 meses de idade, faixa que dificilmente contrairia vaca louca. A notícia incomoda o Brasil. A Rússia é, individualmente, o maior importador de carne bovina brasileira. Em 2005 absorveu mais de 20% das exportações nacionais. Recentemente a Rússia havia derrubado alguns embargos à carne brasileira, que haviam sido impostos após a descoberta de focos de febre aftosa no Paraná e no Mato Grosso do Sul. Mas retomou as compras a preços baixos, o que pouco contribuiu para a firmeza do mercado interno. Agora o Brasil passa a enfrentar dois problemas no mercado russo. Primeiro, o inverno local, que leva ao congelamento dos portos e atravanca as transações comerciais. Depois, o acirramento da concorrência, com a volta dos Estados Unidos. Mas pelo menos em termos de preços, a carne bovina brasileira leva vantagem. Tome como parâmetro o custo da matéria-prima (boi gordo) para as indústrias. No Brasil, este ano, o boi gordo atingiu picos de US$29,00/@ em São Paulo. Esse foi o preço mais alto registrado no Estado da arroba tradicionalmente mais “cara” do Brasil. Nos Estados Unidos as cotações têm oscilado entre US$38,00/@ e US$40,00/@ ao ano. (FTR)
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