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Ministro da Agricultura anuncia Paraná como área livre de aftosa


Sexta-feira, 20 de outubro de 2006 - 12h39

Luís Carlos Guedes Pinto confirma liberação de circulação de animais no Brasil

O ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto, anunciou, nesta quinta, oficialmente, o reconhecimento do estado do Paraná como área livre de febre aftosa. A partir de agora, portanto, está liberada a circulação de animais em todo o território nacional, disse o ministro.

Quanto às exportações, acrescentou o ministro, vai depender dos países compradores.

– Mas acredito que, com esse anúncio, muitos já voltem a comprar a carne paranaense – disse.

Segundo Guedes Pinto, nos próximos 15 dias, será encaminhado à Organização Internacional de Epizootias (OIE), que cuida da saúde animal em todo o mundo, um relatório comunicando o fato.

A OIE reúne-se normalmente nos meses de dezembro e março, mas, de acordo com o ministro, o Brasil fará o possível para que a decisão seja tomada na primeira reunião.

– Se, por acaso, isso não ocorrer, vamos solicitar uma reunião extraordinária do comitê técnico da organização, em caráter de emergência, para que o assunto seja deliberado – assinalou.

O ministro ressaltou que todos os procedimentos impostos pelas organizações internacionais foram rigorosamente cumpridos para que o comunicado tenha credibilidade.

O Paraná comunicou ao Ministério da Agricultura e aos estados vizinhos a condição de suspeito de febre aftosa no dia 21 de outubro do ano passado, após ter adquirido cerca de 2 mil animais provenientes de municípios de Mato Grosso do Sul, onde a doença já havia sido detectada.

Daí em diante, várias medidas foram tomadas e comunicadas ao ministério. O relatório final foi enviado pela Secretaria da Agricultura no dia 6 deste mês.

Com base nesse documento, o Paraná pôde ser considerado área livre da doença. Dentre as medidas adotadas, o secretário da Agricultura, Newton Pohl Ribas, citou o sacrifício sanitário de 6.781 animais das sete fazendas suspeitas; 45 dias de vazio sanitário; introdução de 345 animais sentinelas em tais propriedades e realização de 1.483 exames sorológicos, todos com resultados negativos.

De acordo com o presidente do Sindicato das Carnes do Paraná (Sindicarnes), Péricles Salazar, o prejuízo com as restrições à comercialização de carnes no país e no exterior, devido à doença, ficou em torno de R$640 milhões.

Para o ministro, houve, com certeza, circulação viral no Estado, mas, como o governo paranaense sempre negou a existência da doença, alegando que nenhum dos exames teve resultado positivo, tanto o ministro quanto o secretário da Agricultura recusaram-se a comentar fatos passados, afirmando que haviam feito um acordo para só abordar o presente e o futuro.

– Só em indenização aos pecuaristas que sacrificaram seus animais, foram pagos R$4,7 milhões – informou o ministro.

O ministro disse que, nos últimos três anos, foram retomados os investimentos na área de defesa sanitária. Este ano já foram gastos R$165 milhões com o setor. Para o ano que vem, o orçamento previsto é de R$195 milhões, além dos investimentos feitos na modernização dos laboratórios do ministério, onde foram gastos, só no ano passado, R$51 milhões.

Fonte: Agência O Globo. 20 de outubro de 2006.

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