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Um ano depois da febre aftosa...


Quarta-feira, 11 de outubro de 2006 - 13h05

Foi em 11 de outubro de 2005 que começaram a circular as notícias dos primeiros focos de febre aftosa no Mato Grosso do Sul. Após alguns dias de muita especulação, o mercado veio abaixo. O boi em SP, por exemplo, que havia se aproximado de R$60,00/@, caiu a R$52,00/@. No Mato Grosso do Sul o baque foi ainda mais forte. Em termos de exportação, os prejuízos não foram tão altos. Mesmo durante o último trimestre de 2005 o Brasil continuou exportando mais do que o segundo maior exportador mundial, a Austrália. Isso porque a maioria dos embargos, impostos por 57 países, foram parciais. E como boa parte dos frigoríficos exportadores tem plantas em vários Estados, precisaram apenas remanejar as vendas. Lógico que o Brasil poderia estar exportando mais. Algumas negociações, como a que tratava da colocação de carne in natura nos EUA, regrediram. Mas de toda forma, o País segue quebrando recordes em vendas externas. Se não em volume, ao menos em faturamento, e aí os próprios embargos ajudaram, uma vez que enxugaram o mercado. Houve prejuízos, principalmente para produtores e para as economias das regiões onde foram registrados os focos, em função das paralisações de abates, demissões, queda de arrecadação de tributos, etc. Mas as expectativas exageradamente pessimistas, que apontavam prejuízos de cerca de US$3 bilhões, apenas com a queda das exportações, não se confirmaram. Hoje o Brasil luta para recuperar mercados perdidos. Paraná e Mato Grosso do Sul, Estados onde foram registrados os focos, ainda devem amargar um bom período de “castigo” em termos de exportação. Mas a pecuária, em termos de Brasil, já está virando a página. Que o episódio sirva de lição. Um sistema de defesa agropecuária robusto e eficiente é indispensável para o desenvolvimento sustentado da pecuária nacional. A distribuição dos recursos deve obedecer a um criterioso cronograma de prioridades, sendo que não pode, em hipótese alguma, estar sujeita a contingenciamentos. Economizar nesse quesito é um risco que, evidentemente, não vale a pena. (FTR)
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