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Scot Consultoria

Exportações de carne bovina – Pratini de Moraes


Segunda-feira, 9 de outubro de 2006 - 13h11

Veja abaixo a síntese dos pontos mais importantes da entrevista concedida pelo ex-ministro Marcus Vinicius Pratini de Moraes, atual presidente da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), à revista Agroanalysis. Preços mais altos para a carne bovina nacional: De acordo com Pratini de Moraes, houve um crescimento de 16% em valor para a carne bovina brasileira exportada em relação ao ano passado, e essa melhoria já está sendo repassada para o produtor. Preferência do consumidor (carne magra ou um “gorduroso” bife Angus): Pratini afirma que ninguém come bife bom todos os dias. E que o sucesso das churrascarias brasileiras no mundo inteiro demonstra a boa aceitação da carne brasileira, cujo preparo é bastante simples (basta sal grosso). Outro ponto forte do Brasil é que o RS produz uma carne muito parecida com a da Argentina e do Uruguai (mais gorda), enquanto o resto do País produz uma carne magra, de boi de capim, o que vai de encontro com a tendência de consumo de alimentos saudáveis. Dessa forma o Brasil tem grande possibilidade de entrar no mercado norte-americano de hambúrgueres, oferecendo um produto com 25% a 30% a menos de gordura. Tendências das exportações: O objetivo é reduzir concentração, principalmente com relação à Europa, que cobra tarifas absurdas. O Brasil já vende carne para 180 mercados, a carne nacional chegou, por exemplo, ao Cazaquistão e às Ilhas Maurício. Para Moçambique seguem miúdos. Hoje, a cada três toneladas de carne bovina comercializadas no mundo, uma é brasileira. Agora o Brasil quer conquistar também os mercados norte-americano, sul-coreano, japonês e chegar também a Taiwan. Quem dita o preço da carne hoje: No mercado, é o supermercado, com forte poder de barganha. A saída para produtores? Uma seria fortalecer as exportações, aumentando valor agregado. Outro desafio é a taxa de câmbio. Mediante a taxa atual, quase nenhum segmento do agronegócio brasileiro consegue bons resultados. Prejuízo causado pelos recentes focos de febre aftosa: Na exportação o impacto não foi muito grande, pois os frigoríficos de Estados embargados possuem filiais em outras regiões. A aftosa atrapalhou um pouco porque criou uma imagem negativa, mas todo mundo sabe que a doença não atinge o homem; é de caráter econômico e instrumento de protecionismo. Cabe ao Brasil retrucar as provocações, fazendo a mesma coisa. Ou seja, fechando mercados. É a única linguagem que se entende no mercado internacional.
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