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Scot Consultoria

Marfrig negocia compra de frigorífico Uruguaio


Quarta-feira, 4 de outubro de 2006 - 12h52

O Jornal O Valor divulgou que o Mafrig, terceiro maior exportador brasileiro de carne bovina, negocia a aquisição do frigorífico uruguaio Tacuarembó, e está “de olho” em plantas do Frigoclass, em Promissão (SP) e da Argentine Breeders & Packers – ABP –, na Argentina, empresas do britânico Terry Johnson. O presidente da Mafrig afirmou que foi assinado um memorando de entendimentos com o Tacuarembó, porém a operação ainda não foi finalizada. Quanto à indústria do Frigoclass em Promissão não há nada definido. Sobre a Argentina, o presidente disse que ainda não considerou a possibilidade de compra. O Tacuarembó é o terceiro maior exportador de carne bovina do Uruguai, e a operação de compra do frigorífico é estimada em US$35 milhões no mercado. A planta do Frigoclass estaria sendo negociada a US$23 milhões e a da Argentina, por US$20 milhões. Com o investimento no Uruguai, o Mafrig deseja garantir o acesso ao mercado americano de carne bovina in natura, à exemplo do Bertin em julho deste ano, com a aquisição do uruguaio Canelones. O Uruguai tem autorização para exportar carne in natura aos Estados Unidos, Canadá, México e Caribe, mercados aos quais o Brasil ainda não tem acesso por conta de restrições sanitárias. O Tacuarembó abate 1 mil animais por dia, e exportou US$77,4 milhões em carne bovina em 2005. Até agosto deste ano as vendas externas do frigorífico uruguaio somaram US$64,450 milhões, de acordo com o Instituto nacional de carnes. Fontes do mercado afirmam que o Marfrig - que também tem unidade em Promissão - teria interesse na planta do Frigoclass porque ao adquiri-la evitaria que algum de seus concorrentes grandes o fizesse. Já a unidade da ABP, na Argentina, seria estratégica para o Marfrig que atualmente importa picanha daquele país para vender no Brasil. Se concretizadas todas as operações - envolvendo Tacuarembó, Frigoclass e ABP - a capacidade de abate do Marfrig, que hoje é de 7 mil animais por dia em sete unidades, alcançará 10 mil animais, já que as unidades em negociação têm cada uma capacidade de 1 mil animais. Assim, só no Brasil, a capacidade de abate do Marfrig seria de 8 mil animais ultrapassando o Bertin, que tem 7 mil. A investida do Marfrig no exterior é mais um capítulo do processo de internacionalização do setor de carne bovina brasileiro, iniciado em agosto de 2005, com a aquisição do Swift Armour na Argentina pelo Friboi. Depois foi a vez do Bertin, que comprou o Canelones no Uruguai em julho deste ano. Fonte: Valor Econômico. Adaptado por Scot Consultoria. 4 de outubro de 2006.
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