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Scot Consultoria

Esforço para evitar bloqueio a pescado


Quarta-feira, 27 de setembro de 2006 - 12h17

Exportadores de pescados e o governo brasileiro iniciaram uma ofensiva para evitar um eventual fechamento do mercado da União Européia ao produto nacional. O bloco ameaça barrar o pescado brasileiro em caso de não obter garantias reais contra a contaminação do produto por resíduos como antibióticos e metais pesados. O ministro de Aqüicultura e Pesca, Altemir Gregolin, afirmou ontem que os empresários do setor já começaram a enviar o resultados dos testes que mostrariam não haver riscos na aquisição do pescado nacional. "Já foram feitos e enviados todos os testes para mostrar que nosso pescado é de alta qualidade." Na semana passada, cinco empresas foram proibidas temporariamente de vender ao bloco. "Mas elas devem voltar ao mercado, no máximo, em três meses. Queremos evitar o que aconteceu com o mel", disse o ministro, referindo-se à proibição de importação do mel brasileiro pela UE em razão da inexistência de provas contra a contaminação. As exportações brasileiras para a União Européia somaram US$ 129,2 milhões até agosto. O bloco compra 54% da produção nacional, sobretudo de camarões, lagostas e peixes diversos. Mas a preocupação maior do governo está nas vendas de atuns, que podem apresentar índices de histaminas - um indicador do nível de frescor do produto -, inferiores aos exigidos pela UE. “Não vamos parar as vendas por causa disso. Os atuns podem até perder um pouco do frescor pela exigência dos testes, mas continuaremos a exportar", disse Gregolin. Até agosto, o Brasil vendeu US$ 3,3 milhões em atuns aos europeus. Recentemente, o Comitê Veterinário do bloco passou a exigir que 100% das cargas de pescado brasileiro sejam testados antes de entrar em seus mercados. O ministro da Pesca informou que o plano de controle de resíduos e contaminantes dos pescados será ampliado. Os resultados futuros serão apresentados pessoalmente ao comissário europeu de Saúde e Proteção ao Consumidor, o grego Markos Kyprianou, que visitará o Brasil em outubro. Gregolin disse também que as análises foram realizadas por dois laboratórios paulistas, mas que o governo habilitará as instalações de instituições nas regiões de maior produção e exportação. "Vamos credenciar laboratórios em Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte", afirmou. As exigências da UE tiram o sono do governo brasileiro porque uma parte dos pescados embarcados para o bloco são criados no sistema de cativeiro, onde são maiores os riscos de contaminação acidental por meio de rações. "A aqüicultura tem mais riscos", admitiu Gregolin. Fonte: Valor Econômico. 27 de setembro de 2006
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