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Exportação de lácteos deve somar metade do previsto para o ano


Sexta-feira, 15 de setembro de 2006 - 13h31

As vendas externas de lácteos do Brasil não deverão alcançar a meta projetada para este ano. Ontem, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) reviu as estimativas para as exportações de leite e derivados. Dos US$300 milhões previstos, agora a instituição acredita que o País comercializará apenas a metade. Além de reduzir a meta, a CNA alerta para o fato de o Brasil poder voltar a ser deficitário na balança comercial de lácteos. "O ritmo de crescimento das exportações diminuiu", disse Rodrigo Alvim, presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA. As vendas externas de lácteos chegaram a aumentar 96% em 2004, somando US$95,4 milhões, quando, pela primeira vez, o Brasil atingiu o superávit comercial do setor. No ano passado, as exportações foram 36% maiores (US$130,1 milhões) e agora a previsão é de que cresçam apenas 15,2%. Apesar de no ano passado o ritmo de aumento na comercialização internacional já ter sido menor, a CNA avalia que parte do ganho ante a 2004 tenha sido em função dos preços pagos aos produtores terem caído 27%, o que deixou as indústrias mais competitivas. No entanto, para este ano, a instituição projetava a retomada do crescimento exponencial das exportações porque previa um dólar cotado a R$2,70 - quando atualmente gira em torno de R$2,15 -, e também porque houve investimento de R$350 milhões da indústria láctea para aumentar a produção visando o mercado externo e o anúncio - ainda não concretizado - de que o Brasil passaria a comercializar com o México, um dos maiores importadores mundiais de lácteos. O assessor técnico da CNA, Marcelo Costa Martins, diz que os números podem ser ainda piores para as indústrias brasileiras. Em agosto, pelo segundo mês consecutivo, as receitas com remessas de lácteos foram inferiores às obtidas no mesmo período do ano passado - US$12,8 milhões ante aos US$13,8 milhões de 2005. "Se continuar neste ritmo, talvez nem conseguiremos o superávit esperado", acredita. Com um freio no ritmo das exportações e os investimentos feitos pelas indústrias que não estão tendo o retorno esperado, os preços pagos aos produtores têm se mantido abaixo dos custos. Diante deste quadro, Alvim teve um desestímulo à produção. "Como não podemos mexer no câmbio, esperamos que o governo possa pelo menos intervir no mercado interno", diz. O setor quer um prêmio de equalização de preços para os lácteos. Fonte: Gazeta Mercantil
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