Paraguai e Mato Grosso do Sul selam acordo no combate à febre aftosa

Depois dos bate-bocas e das trocas de acusações, que não levam a lugar nenhum, os governos do Paraguai e do Mato Grosso do Sul resolveram agir com coerência, selando acordo para combate conjunto da febre aftosa na região de fronteita. Tem-se aí um rebanho de 35 milhões de cabeças. Cerca de 10 milhões do Paraguai e 25 milhões do Mato Grosso do Sul. É um montante equivalente ao rebanho da Austrália, segundo maior exportador de carne bovina do planeta, atrás apenas do Brasil. O acordo, que foi definido ontem, 21 de agosto de 2006, algumas medidas que já haviam sido acertadas, mas que até agora não tinham saído do papel serão colocadas em prática. Em geral, as ações irão se basear em: mapeamento das propriedades; cadastro das fazendas e animais na fronteira; indentificação individual dos animais, com brincos diferentes para os do Paraguai e do Brasil; sistema de vacinação no mesmo período, com assistência mútua do Paraguai e do Brasil e registro de animais vacinados, de forma que os serviços sanitários dos dois lados da fronteira tenham informações da venda de gado. Ações integradas no combate à febre aftosa que envolvam vários países da América do Sul são o caminho para se conseguir resultados mais consistentes e reduzir, consideravelmente, o número de focos no continente. Afinal, a doença não respeita fronteiras. (FTR)
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