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Scot Consultoria

Grupo Maeda se rende à cana


Quinta-feira, 3 de agosto de 2006 - 12h12

O grupo Maeda, um dos maiores produtores de algodão do País, irá se transformar em uma empresa de agroenergia. Em um investimento total girando em torno de R$ 200 milhões, em associação com a usina paulista MB, o grupo pretende construir uma usina de açúcar e álcool em Goiás. Ainda dentro de seu plano de diversificação, o grupo voltou a se concentrar na produção de algodão em detrimento da soja. Nos últimos anos, o Maeda aumentou sua área para a soja, mas decidiu puxar o freio por conta do cenário adverso para os grãos. A empresa tem passado por uma reestruturação que envolve inclusive uma reorganização societária, com uma gestão mais profissionalizada, além da organização da grupo em holdings, visando a abertura de seu capital. O grupo Maeda tem o algodão como foco a mais de 75 anos. O crescimento alcançado com algodão e soja já chegou em um limite que atende aos interesses da empresa. O mercado de energia passou a ser encarado pelo grupo como um caminho para a diversificação das atividades. O Maeda criou a Tropical Bio Energia S.A. em parceria com a MB, joint venture entre a Cia. Vale do Rosário e a Cia. Energética Santa Elisa. A nova empresa vai construir uma usina de açúcar e álcool em Edéia, no sudoeste de Goiás, voltada para os mercados interno e externo, e para co-geração de energia. Na primeira fase do projeto, a nova usina deverá processar aproximadamente 1,3 milhão de toneladas de cana a partir da safra 2008/09 e atingirá 2,5 milhões de toneladas em 2010. Em uma segunda etapa, a usina dobrará sua capacidade de moagem para 5 milhões de toneladas. Neste novo empreendimento, dos R$ 200 milhões que serão investidos 80% serão financiados, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e operações de pré-pagamento de exportações, e outros 20% serão com recursos próprios. O segmento de energia do grupo deverá representar cerca de 50% do faturamento da companhia - hoje em torno de US$ 100 milhões - nos próximos quatro anos. Em algodão, o Grupo pretende ampliar a produção em 30% na nova safra, a 2006/07. A colheita neste ciclo está estimada em 27 mil a 28 mil toneladas, com 70% do total voltado para exportação. A produção de soja está estimada em cerca de 110 mil toneladas, com 100% vendidos no exterior. A produção de algodão do grupo estava concentrada em São Paulo, na região de Ituverava, mas, seguindo a tendência do setor, o grupo decidiu transferir sua produção para o Centro-Oeste e Oeste baiano, novas fronteiras agrícolas. Fonte: Valor on-line, adaptado por Scot Consultoria.
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