PR: deu negativo último exame de aftosa na Fazenda Cachoeira

O secretário da Agricultura do Paraná, Newton Pohl Ribas, anunciou nesta quinta-feira (20/07), em Curitiba, os resultados oficiais negativos dos exames de sorologia da terceira coleta realizada em animais-sentinelas da Fazenda Cachoeira, em Santo Sebastião da Amoreira. Também deu negativo a segunda coleta de material dos sentinelas da Fazenda São Paulo, localizada no município de Loanda, informou o secretário. Com este novo comunicado, já são 17 os resultados negativos de exames de sorologia para detectar a aftosa. Faltam apenas quatro exames. No ano passado, por determinação do Ministério da Agricultura, foram sacrificados 6.781 animais em sete propriedades por suspeita da doença. Falta ainda o último exame da série de três da Fazenda São Paulo, e mais três na Fazenda Alto Alegre, ambas localizadas em Loanda. Diante dos resultados, Ribas voltou a afirmar a posição defendida pelo Governo do Paraná desde o reconhecimento, por parte do Ministério, de que havia focos de febre aftosa no Paraná. “Desde o primeiro momento, sabíamos que não havia a doença no Estado”, comentou. A informação sobre os novos resultados foi enviada ao governo pelo superintendente federal do Ministério da Agricultura, no Paraná, Valmir Kowalevski, na terça-feira (18/07). “Ontem, fomos comunicados sobre o resultado”, afirmou. O resultado foi obtido através da Prova de EITB, realizada para identificar as proteínas não-estruturais do vírus da febre aftosa. Com os resultados negativos, a Fazenda Cachoeira está liberada para o repovoamento. “Ou seja, já pode voltar as suas atividades normais na pecuária”, informa Ribas. Na coletiva de imprensa, o secretário da Agricultura informou que os resultados 100% negativos da segunda coleta de material dos sentinelas da Fazenda São Paulo, localizada no município de Loanda. Segundo Ribas, a segunda coleta foi realizada no dia 07 de julho. “Amanhã, será realizada a terceira coleta. E confiamos que os resultados também serão negativos”, disse. Durante a entrevista, o secretário da Agricultura entregou oficialmente a cópia do documento, enviado pelo Ministério, com os resultados negativos ao prefeito de São Sebastião da Amoreira, Jorge Takasumi. Para o prefeito, os resultados permitem que a situação do município volte ao normal. “Foram sete meses de prejuízos à Fazenda Cachoeira e ao nosso município. A decisão do Ministério repercutiu negativamente na economia de São Sebastião da Amoreira, que é basicamente agropecuária”, disse. Cachoeira No dia 19 de junho, foram colocados 92 animais-sentinelas na Fazenda Cachoeira, para verificar a ocorrência ou não de circulação viral na propriedade. No mesmo dia, foi feita a primeira coleta de material. A segunda foi realizada no dia 03 de junho. Os resultados de ambas foram negativos. “Parte dos animais-sentinelas da Fazenda Cachoeira veio de Santa Catarina, já que o Estado vizinho há 10 anos não tem febre aftosa. O restante era do Paraná. O sentinelas são bezerros que não têm nenhuma proteção contra o vírus. Por isso, são usados para identificar a existência do mesmo”, comentou. No dia 07 de dezembro do ano passado, a Fazenda Cachoeira foi notificada pelo Ministério como foco de febre aftosa. No dia 18 de março, foi concluído o sacrifício de 1.810 animais. Durante a operação, também foram feitas necropsias de 10 animais. No dia 23 de março, o proprietário da Fazenda Cachoeira, André Carioba, foi indenizado pelo Fundo de Desenvolvimento Agropecuário do Estado do Paraná (Fundepec) com o valor de R$ 645,816 mil, correspondente a 50% do valor total da indenização. “A Fazenda Cachoeira é emblemática. Porque o proprietário André Carioba jamais aceitou a notificação feita pelo Ministério de que sua propriedade era foco do vírus da febre aftosa. Ele contratou advogado, que entrou com mandado de segurança na Justiça Federal e solicitou a impugnação da decisão do Mapa. O Carioba também liderou os proprietários das outras seis propriedades num acordo, que teve o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, no qual eles exigiram a necropsia de 21 animais, considerados soro-positivos pelo Ministério, antes do sacrifício. Os resultados da necropsia também foram todos negativos”, afirmou. Procedimentos Foram sacrificados 6.781 animais de sete propriedades consideradas focos pelo Ministério da Agricultura. Após o sacrifício, houve desinfecção delas e o vazio sanitário, que ocorreu de 30 a 45 dias. Em seguida, foram colocados animais-sentinelas para verificar a possível circulação de vírus em cada uma das propriedades. Até o momento, foram divulgados os resultados oficiais de exames sorológicos com base em 17 coletas de material. Ainda faltam os resultados da última coleta da Fazenda São Paulo, que será feita nesta sexta-feira (21) e os das coletas da Fazenda Alto Alegre. “No dia 23 de junho, já tínhamos anunciados os resultados negativos dos exames feitos em sentinelas das fazendas da Cesumar (Centro Universitário de Maringá), Pedra Preta, ambas no município de Maringá, Flor do Café, em Bela Vista do Paraíso, e Santa Izabel, no município de Grandes Rios”, lembrou Ribas. Fonte: www.aenoticias.pr.gov.br
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