Desorganização atrapalha investimentos

Em função da invasão e ocupação das instalações de suas áreas de pesquisa no Oeste do Paraná por militantes da organização Via Campesina, a Syngenta reavalia os investimentos no País. A Via Campesina é um movimento internacional que coordena organizações camponesas de pequenos e médios agricultores, trabalhadores agrícolas, mulheres e comunidades indígenas. Dentre suas prioridades, está a formulação de propostas sobre temas como: reforma agrária, recursos genéticos, biodiversidade, entre outros. O que serviria para ajudar no desenvolvimento da agricultura, beneficiando os pequenos e médios produtores, está atrapalhando de sobremaneira. A Syngenta, maior empresa em sementes e defensivos agrícolas no Brasil, está analisando seus planos de investimentos no País, mercado considerado estratégico nesta área. Até o momento, as estimativas de prejuízo com a invasão estão próximas a US$1,5 milhão e podem piorar. A perda de material de pesquisa pode acarretar problemas de proporções ainda maiores. Alguns materiais estavam sendo guardados há 20 anos. A alegação da Via Campesina para a invasão é que sementes transgênicas estão sendo cultivadas de maneira ilegal e que o local deveria se transformar num centro de modelo de agroecologia. O País está pagando pela falta de organização e impunidade. Apesar de legalmente, a empresa ter o direito à posse da propriedade, a Justiça não consegue tirar os invasores do local e, enquanto isso, anos de pesquisa para o desenvolvimento da agricultura nacional estão se perdendo. (MGT)
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