Vendas de carne se aquecem, porém a oferta elevada inibe a reação dos preços

Em início de mês sempre existe aquela expectativa de que o pagamento de salários promova um aumento das vendas de carne, podendo ajudar na valorização da arroba do boi gordo. De fato, pesquisa da Scot Consultoria realizada junto ao varejo em São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro confirmou que a demanda por carne bovina melhorou nesse início de junho. Porém o aquecimento das vendas não foi suficiente para levar a correções positivas. Com base na coleta de preços de 22 cortes diferentes, verificou-se, ao longo da última semana, retrações médias de 0,2% em São Paulo e Paraná e 0,3% em Minas Gerais. No Rio de Janeiro o mercado andou de lado. No atacado paulista os preços recuaram, em média, 0,5% para a carne sem osso. Para a carne com osso, somente ontem foi registrada retração de 4,3% para o dianteiro e 3,7% para a vaca casada. A oferta de carne e gado permanece elevada, uma vez que a seca e o frio dificultam a retenção dos animais em engorda. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste os frigoríficos trabalham com escalas de 10 dias. Às vezes mais. Diante desse quadro, mesmo com um leve aumento no consumo, não foi possível impedir que os preços da carne bovina, tanto no atacado quanto no varejo, recuassem. (FTR)
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